Juiz nega pedido de prisão domiciliar a jornalista acusado de matar irmã no Piauí
Defesa de João Paulo alega que ele é o único que pode cuidar de irmão
O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, negou o pedido de substituição de prisão preventiva por domiciliar do jornalista João Paulo Santos Mourão, acusado de matar a própria irmã Izadora Santos Mourão, em fevereiro deste ano na cidade de Pedro II, interior do Piauí.
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Juiz nega pedido de prisão domiciliar a jornalista acusado de matar irmã no Piauí (Foto: divulgação)
Na solicitação, que o Portal AZ obteve acesso, a defesa do jornalista argumentou que o recolhimento do réu em casa se justificaria pela necessidade de cuidados do irmão. A mãe deles, que é também ré no processo de homicídio, Maria Nerci dos Santos Mourão, estaria internada em um hospital.
A defesa de João Paulo alegou ainda que ele é o único que poderia cuidar do irmão. Eles relatam que a relação de dependência entre os membros da família é tamanha, a ponto de sequer haver uma única pessoa, parente ou não, inscrita nos quadros do visitação do acusado na cadeia. Desde fevereiro de 2021, o acusado não recebeu nenhuma visita de parente. O juiz não aceitou a justificativa.
João Paulo foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (Foto: reprodução)
“A declaração de que não existem pessoas cadastradas para a realização de visitas ao pronunciado, não induz automaticamente a conclusão de que na falta temporária de sua mãe o irmão do peticionário estaria desprovido de pessoas aptas a suprir seus cuidados necessários, inclusive, ao tempo da instrução processual verificou-se que vizinho a residência da família existem parentes próximos tais como tios e primos, além do próprio município através de suas equipes multisociais”, explicou o magistrado.
Com o indeferimento do pedido, o jornalista segue preso na Cadeia Pública de Altos na espera do julgamento.
Polícia Civil questiona versão e afirma que irmão participou do assassinato
A Polícia Civil questionou a versão apresentada pela defesa do advogado João Paulo Mourão de que ele não teria sido o autor do assassinato da irmã Izadora Mourão. A mãe da vítima, a aposentada Maria Nerci afirmou em audiência que é a autora do crime, mas a polícia contestou.
Advogada foi morta a facadas pelo próprio irmão, segundo a polícia (Foto: divulgação)
Barêtta relatou que o assassinato teria sido premeditado. O pai de Izadora e João Paulo morreu e teria deixado uma herança de R$ 4 milhões para a advogada
Izadora teria começado a reivindicar parte da herança, o que teria motivado Maria Nerci e o filho a planejarem a morte da advogada. Em entrevista à TV Clube, o coordenador do DHPP afirmou que a confissão da aposentada seria uma estratégia da defesa.
“A altura e a posição dos golpes aplicados indicam que seria o irmão. É uma estratégia da defesa. Temos um encadeamento do crime praticado pelo João Paulo, que foi autor material, que agiu e matou auxiliado pela mãe. Não há argumentos", explicou Barrêtta.
Relembre o caso
Na época do crime, o delegado Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou ao Portal AZ que as provas indicam que João Paulo Santos Mourão matou a própria irmã, a advogada Izadora Santos Mourão.
Advogada Izadora Moura tinha 41 anos (Foto: reprodução)
Na casa do acusado, os policiais encontraram roupas sujas de sangue e a faca que teria sido utilizada para matar a advogada. O homicídio, segundo investigações, teria sido motivado em uma disputa por herança de R$ 4 milhões, deixada pelo pai da vítima.
Em audiência, mãe de jornalista chegou a assumir autoria de assassinato contra própria filha (Foto: reprodução)
A advogada Izadora Mourão, 41 anos, foi assassinada com onze facadas em seu próprio quarto no município de Pedro II, em 13 de fevereiro. João Paulo Mourão foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. A mãe de Izadora, Maria Nerci, foi indiciada como coautora do crime e fraude processual.
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