Defesa pede prisão domiciliar urgente para vereadora Tatiana Medeiros por saúde

A parlamentar estaria com transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e crises recorrentes

Por Carlos Sousa,

A defesa da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa preventivamente desde o dia 3 de abril, protocolou na última sexta-feira (23) um pedido urgente de prisão domiciliar. A solicitação foi enviada à Justiça Eleitoral com base em um quadro de transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e ideação suicida recorrente, que estaria se agravando no ambiente prisional.

Foto: ReproduçãoTatiana Medeiros
Tatiana Medeiros

Tatiana está atualmente custodiada no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), em Teresina. A defesa, representada pelo advogado Francisco Medeiros, alerta para a gravidade do quadro clínico da parlamentar e pede, como alternativa, a internação em clínica psiquiátrica especializada, caso a prisão domiciliar não seja aceita.

“Nosso requerimento é nesse sentido: que ela seja tratada. O ponto principal é que ela não pode continuar no QCG nessas condições”, afirmou o advogado em entrevista ao jornal O Dia.

O pedido é embasado em três laudos psiquiátricos que, segundo a defesa, atestam a seriedade do estado de saúde de Tatiana. Os documentos relatam sucessivas crises dentro da prisão, sendo a mais recente tão intensa que exigiu encaminhamento de urgência ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

“Ela já teve pelo menos seis crises lá dentro. Sai, vai para o hospital, volta, e tem outra crise. Não está havendo estabilização. Isso nos preocupou bastante”, declarou Medeiros.

A argumentação jurídica se apoia no artigo 318, inciso II, do Código de Processo Penal, que prevê a possibilidade de substituição da prisão preventiva por domiciliar nos casos de doença grave. Além disso, a defesa invoca princípios constitucionais como o da dignidade da pessoa humana e o direito à saúde.

Tatiana Medeiros responde a uma Ação Penal Eleitoral, na qual é acusada de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A defesa reforça que a vereadora tem acompanhamento jurídico e está apta a enfrentar o processo judicial, mas que a prioridade, neste momento, é preservar sua vida.

“Ela tem defesa constituída, vai responder ao processo. Mas nesse momento o que precisa ser garantido é que ela não morra no cárcere. É disso que estamos falando”, afirmou o advogado.

O pedido está sob análise da Justiça, e a defesa aguarda uma decisão com urgência, diante da deterioração contínua do estado de saúde da parlamentar.

Fonte: Portal AZ

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