Retirada de produtos tóxicos do Rio Tocantins está prevista para abril

Operação depende da redução da vazão do rio para garantir segurança dos mergulhadores

Por Viviane Setragni,

A remoção das bombonas de agrotóxicos que caíram no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), está programada para o final de abril, conforme informações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O acidente resultou na queda de duas carretas carregadas com ácido sulfúrico e uma com agrotóxicos, que ficaram submersas a mais de 40 metros de profundidade.

Foto: carlosbrandaoma/XPonte Juscelino Kubitschek na BR-226
Ponte Juscelino Kubitschek na BR-226

Até 9 de janeiro, os mergulhadores conseguiram retirar 29 bombonas de 20 litros de agrotóxicos cada. No entanto, os trabalhos foram suspensos devido ao aumento da vazão do rio, ocasionado pela abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). Para a realização segura dos mergulhos, a vazão do rio precisa estar em aproximadamente 1.000 m³/s, o que só é possível com o controle efetuado pela UHE Estreito. O consórcio informou que, durante o período chuvoso, que se estende até o final de abril, não é viável manter essa vazão.
Diante da impossibilidade de manter a vazão ideal, o Ibama alertou para o risco de deslocamento das bombonas, que podem ser levadas para áreas distantes do local do acidente. Por isso, solicitou ao Ceste a apresentação de previsões de vazão e possíveis janelas para a realização dos mergulhos com segurança.

O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek ocorreu em dezembro de 2024, causando a queda de três caminhões que transportavam produtos perigosos: dois carregados com 76 toneladas de ácido sulfúrico e um com 22 mil litros de agrotóxicos, incluindo Carnadine, Pique 240SL e Tractor. As empresas responsáveis pelas cargas contrataram especialistas em emergências químicas para coordenar a operação de resgate.

O Ibama destacou que, devido às condições adversas, como a profundidade superior a 40 metros e a forte correnteza, estima-se a necessidade de 145 dias de mergulhos para a completa remoção dos materiais do leito do rio, conforme o plano apresentado pela empresa Port Ship, contratada para a atividade.

Fonte: Agência Brasil

Fonte: Agência Brasil

Comente

Pequisar