Secretaria deflagra operação e prende policiais militares e civis por corrupção

O objetivo é desarticular organização criminosa composta por policiais

Por Fernanda Gil Lustosa,

A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado - Greco , deflagrou uma operação na manhã desta segunda-feira (02), para dá cumprimento a mandados de prisão e busca e apreensão em Teresina. Ainda não foi divulgado o número de policiais presos na ação. 

No total são dezesseis investigados (Foto:Divulgação SSP-PI)

Segundo informações da Secretaria de Segurança a ação tem como objetivo desarticular organização criminosa composta por policiais militares e civis. No total são dezesseis investigados, suspeitos de corrupção. 

O secretário de segurança Fábio Abreu, afirmou em entrevista ao Portal AZ, que os investigados estão envolvidos em vários crimes, dentre eles pistolagem, roubo de carga e ainda distribuíam as drogas das bocas de fumos. 

Secretário de segurança, Fábio Abreu( Foto: Rebeca Lima/Portal AZ)

"Eles estão envolvidos em roubo de carga de cigarros. Além disso, eles pegavam as drogas da boca de fumo e depois distribuíam. Também são acusados de pistolagem”, afirma o secretário.

Participaram das diligências unidades especializadas da Polícia Civil e da Polícia Militar. 

O inquérito policial contou com apoio do serviço reservado PM.

Entenda o caso

Em maio de 2019, quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em roubos de carga nos estados do Piauí e Maranhão. Entre os presos haviam dois policiais militares. As prisões foram feitas pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

Os policiais militares do Piauí apontados como integrantes de quadrilha responsável por roubos de cargas agiam principalmente em cidades do Maranhão. Há vestígios de ações dos criminosos nas cidades de Caxias e Santa Inês. 

Os militares evitavam atuar no Piauí devido a possibilidade de serem reconhecidos em alguma barreira ou fiscalização policial, acrescentou o delegado. No estado os produtos eram apenas escoados. O lucro dos produtos vendidos era dividido meio a meio: 50% para os militares e 50 % para os demais integrantes da quadrilha.

A Polícia Civil afirma que os criminosos tinham preferência por cargas de cigarro e telefones celulares. 

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