Corpo é encontrado em geladeira durante ordem de despejo em Aracaju
Homem em avançado estado de decomposição estava na geladeira do apartamento; suspeita de ocultação de cadáver é detida
No Bairro Suíssa, em Aracaju, Sergipe, um corpo de um homem em estado avançado de decomposição foi encontrado dentro de uma geladeira em um apartamento durante o cumprimento de uma ordem de despejo na última quarta-feira (20). A descoberta foi feita por um oficial de justiça e um trabalhador contratado para remover os móveis do local.

A Polícia Militar já havia estado no imóvel pela manhã, no apoio à ordem de despejo, onde encontraram uma mulher de 37 anos ferida e sua filha de quatro anos. A mulher, que se identificou como auxiliar de enfermagem, foi atendida pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu). Há relatos de que ela teria tentado contra a própria vida após receber a notícia do despejo. A criança não estava ferida.
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Após a descoberta do corpo na geladeira, a mulher foi apontada como suspeita de ocultação de cadáver. Ela foi interrogada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil e permanece detida. Registros anteriores de furto foram encontrados relacionados a ela por moradores do prédio onde vivia.
A criança está sob a supervisão do Conselho Tutelar, que afirmou não ter recebido denúncias prévias sobre as condições insalubres do apartamento em que viviam.
O corpo encontrado foi identificado como o do advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella, que teria 80 anos. A família aguarda o contato da Polícia Civil para providenciar o traslado do corpo e o sepultamento. Celso Adão Portella era natural de Ijuí, no Rio Grande do Sul, e construiu sua vida em Porto Alegre, onde atuou nas décadas de 1970 e 1980 em rádios como Farroupilha e Gaúcha, além de exercer a advocacia na capital gaúcha. Recentemente, estava aposentado.
Em 2001, Celso deixou o Rio Grande do Sul após o falecimento de sua mãe e mudou-se para o Espírito Santo, perdendo contato com seus irmãos. A descoberta do ocorrido se deu após uma ligação anônima recebida por um de seus irmãos, um policial civil, que inicialmente suspeitou de um trote até confirmar a veracidade dos fatos.
A causa da morte de Celso Adão Portella está sob investigação pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e, se for constatada morte por causas violentas, a mulher detida pode ser responsabilizada.
Fonte: Tv Sergipe