Operação prende 6 membros de grupo familiar por agiotagem e extorsão violenta
Mandados foram cumpridos em São Raimundo Nonato, Teresina, Timon-MA e São Paulo
Na manhã desta quarta-feira (21), a Operação "Juros Altos" resultou na prisão de 6 pessoas suspeitas de integrar um grupo criminoso familiar responsável por crimes de usura, extorsão, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A ação foi conduzida pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), e abrangeu os municípios de São Raimundo Nonato, Teresina, Timon-MA e São Paulo.
Grupo praticava agiotagem e utilizava violência extrema para cobrança de dívidas.
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A operação cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como o bloqueio de R$ 2,5 milhões e o sequestro de veículos de luxo. As investigações revelaram que o grupo utilizava dinheiro proveniente do tráfico de drogas, possivelmente ligado a uma facção criminosa, para realizar empréstimos a juros abusivos. Na cobrança das dívidas, os suspeitos usavam de violência extrema e grave ameaça, utilizando a estrutura criminosa da facção para intimidar as vítimas.
Os principais alvos da operação foram identificados como J.O.G, responsável pela lavagem de dinheiro através de agiotagem, e L.G.O, que liderava as operações de cobrança violenta. Outros membros da família também desempenhavam papéis cruciais na ocultação de patrimônio e na administração dos recursos ilícitos. A investigação, que teve início após a apreensão de documentos na operação DRACO 117, apontou que os suspeitos adquiriram veículos de luxo com os lucros do crime, registrando-os em nome de terceiros para ocultar a origem ilícita dos bens.
As autoridades identificaram que o grupo criminoso operava de forma permanente e contínua, utilizando a estrutura da facção para assegurar o pagamento das dívidas através de práticas de usura e extorsão violenta. A investigação também indicou que o dinheiro obtido dessas atividades era lavado por meio da aquisição de bens de luxo, como veículos, e depositado em contas bancárias de familiares dos investigados. O delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, destacou que a operação enfraquece significativamente a capacidade do grupo de continuar suas atividades criminosas na região.
Fonte: Com informações da PF