Marcelo Castro destina R$ 66 milhões à empresa de sobrinho médico

A informação está no site da revista Veja, em reportagem assinada pelo jornalista Hugo Marques

Por Redação do Portal AZ,

O senador Marcelo Castro (MDB) e seu filho e deputado federal Castro Neto (PSD), destinaram R$ 66 milhões para realização de 35 .000 consultas e 28.000 cirurgias em 11 cidades do Piauí. 

Foto: ReproduçãoSenador Marcelo Castro (MDB) e seu filho, deputado federal Castro Neto (PSD)
Senador Marcelo Castro (MDB) e seu filho, deputado federal Castro Neto (PSD)

A empresa que faz os procedinmentos, com preços muito maiores que a tabela do SUS, é de um sobrinho do senador, Thiago Castro, dono de uma empresa médica chamada Hospital do Olho.

A informação está no site da revista Veja, em reportagem assinada pelo jornalista Hugo Marques, que informa desconfianças do Ministério Público Federal com o que parece ser uma ação política altruísta e desinteressada.

Segundo a reportagem, o MPF enxergou estranhezas na contratação da empresa do sobrinho do senador para fazer os procedimentos médico-oftalmológicos, a começar pelo preço. 

A empresa Hospital da Visão do Meio Norte, está cobrando do governo R$ 2,3 mil por cirurgia realizada, duas vezes e meia a mais do que a tabela do SUS paga às clínicas que realizam o mesmo tipo de procedimento. 

Outra incongruência observada chamou a atenção também o fato de que as cirurgias serão realizadas nas dependências de hospitais públicos. 

Para a revista, isso significa que “a empresa não vai ter custos com instalações, pessoal de apoio e material”.

Mas para além da possiblidade de custo zero na ocupação do espaço público nos hospitais, a revista informa que “além da suspeita de superfaturamento, os procuradores encontraram evidências de direcionamento no edital de licitação que teria beneficiado um único concorrente, Thiago Castro, o médico sobrinho do senador.

Segundo a reportagem, a empresa médica de Thiago Castro tinha até 2021 como sócia a mãe dele, Maria José de Costa e Castro, irmã do senador, que na mesma época era o presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.

À revista, o senador disse ter sabido há pouco tempo desse aparente conflito de interesses. 

“Foi um assessor que me disse que meu sobrinho estava participando do mutirão”, disse Castro à Veja ao tempo em que ressaltou que a responsabilidade pela contratação é do governo do Piauí, comandado pelo PT, de quem o senador é aliado.

INQUÉRITO

Enquanto o senador faz cara de paisagem sobre um contrato milionário com verbas assinadas por ele e que favorecem um sobrinho, o Ministério Público Federal enxerga malfeitorias. 

Tanto assim que, diz a revista Veja, “diante das evidências, o Ministério Público abriu um inquérito para apurar se houve superfaturamento de preços e direcionamento da licitação que contratou o Hospital da Visão do Meio Norte”. 

De acordo com a reportagem, “os procuradores também recomendaram a suspensão do contrato com a empresa do sobrinho do senador até que as suspeitas sejam devidamente esclarecidas”.

A recomendação feita pelo MPF foi ignorada pelo governo do Piauí e procurado pela revista não quis se manifestar.

Já o deputado Castro Neto afirmou à revista que não é ele quem faz a licitação, como que zombando do caso. 

O primo dele Thiago Castro trilhou o caminho do tio e disse que não sabe nada sobre as suspeitas que recaem sobre ele e sua família política.

Fonte: Portal AZ

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