Ministro das Comunicações, Jucelino Filho, é indiciado por corrupção pela PF

PF aponta que ministro do Governo Lula usou a Codevasp para fins próprios e desvios financeiros

Por José Ribas Neto,

A Polícia Federal (PF) acusou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), de envolvimento em uma organização criminosa e corrupção passiva, associada ao desvio de recursos de obras de pavimentação financiadas com fundos públicos da empresa estatal Codevasf.

Foto: Ricardo Stuckert/PRESIDÊNCIAPresidente Lula durante a posse do ministro das Comunicações, Juscelino Filho
Presidente Lula durante a posse do ministro das Comunicações, Juscelino Filho
Foto: Ricardo Stuckert/PRESIDÊNCIAPresidente Lula durante a posse do ministro das Comunicações, Juscelino Filho
Presidente Lula durante a posse do ministro das Comunicações, Juscelino Filho

Juscelino Filho foi acusado sob suspeita de participação em crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Entenda o caso

Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) identificou irregularidades na pavimentação de uma estrada no Maranhão, indicando que a obra favorecia uma propriedade pertencente a Juscelino Filho, ministro das Comunicações no governo Lula e membro do União Brasil (MA). A construção foi majoritariamente financiada, com 80% dos recursos, por uma emenda parlamentar proposta pelo próprio ministro. O documento da CGU se soma às evidências da Operação Odoacro da Polícia Federal (PF), que investiga Juscelino Filho por suposta participação em um esquema criminoso para desvio de verbas públicas da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), em Vitorino Freire, Maranhão, gerida por sua irmã, Luanna Rezende.

Com um orçamento de R$ 7,5 milhões oriundos da emenda do ministro enquanto deputado federal, a obra foi executada pela empreiteira Construservice, apontada pela CGU como suspeita de manter relações questionáveis com Juscelino Filho por meio do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, proprietário da empreiteira.

As investigações foram iniciadas após a Codevasf suspender os repasses e iniciar uma auditoria na obra devido a indícios de irregularidades na licitação, descobertos em um relatório interno que revelava que o principal beneficiado era o ministro. Sua irmã, Luanna Rezende, autorizou a construção da obra após a liberação de R$ 2 milhões.

Para a PF, Juscelino Filho é apontado como líder de uma organização criminosa que utilizava sua posição como deputado, a influência de sua irmã em uma estatal, e sua relação com um empreiteiro para se beneficiar e desviar recursos públicos através de obras licitadas.

Fonte: Com informações de Folha de São Paulo

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