Maduro cita vitória de Lula e pede respeito ao resultado na Venezuela
Em um discurso transmitido na TV venezuelana, Maduro relembrou a postura de Jair Bolsonaro ao não reconhecer a vitória do rival e ligou o ex-presidente ao atos golpistas de 8 de janeiro
O presidente Nicolás Maduro voltou a mencionar o Brasil ao falar sobre a necessidade de respeitar os resultados das eleições na Venezuela. Em um discurso transmitido pela TV estatal, Maduro fez referência à postura do ex-presidente Jair Bolsonaro de não aceitar a vitória de Lula em 2022, ligando o ex-mandatário brasileiro aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Maduro criticou as tentativas da oposição venezuelana de deslegitimar sua vitória nas urnas, apontando para uma plataforma da internet que sugere que o candidato opositor, Edmundo González Urrutia, teria vencido com 67% dos votos. Contudo, o Conselho Nacional Eleitoral ratificou a vitória oficial de Maduro, com 51,9% contra 43% de González.
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Maduro destacou que, assim como no Brasil, onde o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) certificou a vitória de Lula sobre Bolsonaro, o processo democrático deve ser respeitado. Ele acusou Bolsonaro de ter viajado aos Estados Unidos para orquestrar o golpe de 8 de janeiro, quando houve o ataque às instituições brasileiras.
“No 8 de Janeiro, assaltaram todos os edifícios do poder público do Brasil, incluindo o Palácio do Planalto. E, por trás disso, Bolsonaro. Nós, oportunamente, condenamos essa tentativa de assalto ao poder”, prosseguiu. “Há de se celebrar que os tribunais superiores e a institucionalidade de países como México e Brasil garantiram o funcionamento da democracia. Assim deve ser. E, se é assim por lá, que também seja por aqui”, declarou.
Enquanto líderes internacionais como Lula e o presidente colombiano Gustavo Petro sugeriram a realização de novas eleições na Venezuela, a oposição não recua o esforço de remover Maduro do poder. Recentemente, González Urrutia pediu que o presidente chavista permitisse uma transição pacífica, mas protestos após o anúncio dos resultados oficiais resultaram em 25 mortes e mais de 2.400 presos.
O governo de Maduro culpa a oposição, incluindo María Corina Machado e González, pelos atos de violência e pela tentativa de golpe de Estado, abrindo uma investigação penal contra eles por "instigação à rebelião".
Fonte: Portal AZ