PF indicia Pablo Marçal por uso de laudo falso contra Guilherme Boulos

Empresário teria divulgado documento com assinatura fraudada de médico falecido, segundo perícia

Por Dominic Ferreira,

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (8) o empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, pelo uso de documento falso. A acusação envolve a divulgação de um laudo supostamente elaborado contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL), publicado nas redes sociais de Marçal na antevéspera do primeiro turno das eleições municipais, em outubro. A perícia da PF revelou que a assinatura do médico José Roberto de Souza, falecido em 2022 e registrado no laudo, é falsa.

Foto: Reprodução/redes sociaisPablo Marçal
Pablo Marçal.

O indiciamento ocorreu após depoimento de Marçal na sede da PF, em São Paulo. Durante cerca de três horas, ele negou envolvimento direto, alegando que a postagem foi feita por membros de sua equipe. A investigação incluiu análise grafotécnica da assinatura atribuída ao médico, que segundo a filha dele, Aline Garcia Souza, nunca trabalhou na clínica Mais Consulta, mencionada no documento. Os peritos concluíram que a assinatura no laudo diverge dos padrões autenticados do médico, reforçando que a falsificação era evidente.

Foto: Reprodução/Tv GloboTatuagem de Aline Garcia exibe a assinatura do falecido pai, José Roberto de Souza.
Tatuagem de Aline Garcia exibe a assinatura do falecido pai, José Roberto de Souza.
Foto: ReproduçãoCorpo do texto
Análise da assinatura.

 

Além de Marçal, Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica que supostamente emitiu o laudo, também foi implicado no caso. Silva Junior possui histórico de falsificação de documentos, com condenações por diplomas falsos, e foi identificado em fotos com Marçal. O Hospital Albert Einstein, onde o empresário aparecia usando um jaleco em suas redes, afirmou que Silva Junior nunca teve vínculo com a instituição.

Foto: Reprodução/Polícia Técnico-Científica/Arte G1 SPCorpo do texto
Laudo falso de Pablo Marçal.

Diante do uso do laudo falso, Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico falecido, protocolou uma ação contra Marçal, pedindo sua inelegibilidade. A Justiça Eleitoral ordenou a remoção da postagem de Marçal das redes e suspendeu temporariamente seus perfis.

Fonte: G1-SP/Com informações da Polícia Federal

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