Deputados pedem ao STF que Bolsonaro seja proibido de sair de Brasília
O pedido também incluiu o uso de tornozeleira eletrônica no ex-presidente para evitar que ele se aproxime ou peça refúgio em uma embaixada
Os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) apresentaram nesta terça-feira (18) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja impedido de deixar Brasília sem autorização judicial e de se aproximar de embaixadas estrangeiras na capital federal. Além disso, os parlamentares solicitam que Bolsonaro seja obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica.

A solicitação foi feita horas após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, anunciar que pretende se licenciar do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos. No documento encaminhado ao STF, os parlamentares argumentam que a saída de Eduardo pode indicar uma possível tentativa de fuga do ex-presidente.
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A preocupação dos deputados também se baseia no episódio de fevereiro de 2024, quando Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília, logo após a Polícia Federal apreender seu passaporte no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo os parlamentares, a medida busca evitar que Bolsonaro busque refúgio em uma embaixada, o que dificultaria o cumprimento de uma eventual ordem de prisão.
O pedido ocorre poucos dias antes da sessão da Primeira Turma do STF, marcada para 25 de março, que decidirá se Bolsonaro se tornará réu no inquérito sobre a tentativa de golpe. Caso isso ocorra, ele poderá ser julgado pelo Supremo, mas ainda sem definição sobre uma eventual condenação ou prisão.
Os deputados também citaram no pedido uma entrevista recente de Bolsonaro ao portal Auriverde Brasil. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que a apreensão de seu passaporte não impediria sua saída do país. "Eu posso fugir agora, qualquer um pode fugir", declarou Bolsonaro.
Agora, caberá ao STF avaliar se acata o pedido de restrição e monitoração eletrônica do ex-presidente.
Fonte: Com informações da CNN e G1