Hospital Veterinário segue interditado para segunda etapa de exames em cavalo

O Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Universidade Federal do Piauí informou que o exame realizado em um cavalo deu negativo para a doença de Mormo. 

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) interditou a Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário Universitário em razão da entrada do animal oriundo de um haras localizado no município de Teresina, com sintomas da enfermidade.

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O Hospital Veterinário fica localizado no Centro de Ciências Agrárias( Foto: divulgação UFPI)

No entanto, mesmo com o resultado negativo da primeira etapa dos exames, a unidade de saúde continua interditada até a realização da outra fase que está prevista para acontecer nos próximos 15 dias.

A informação foi confirmada pelo Prof. Dr. João Macedo, diretor do HVU, que ainda afirmou que o resultado da primeira etapa saiu esta semana e que na terça-feira (20), a segunda amostra de material foi colhida para análise.

Diretor do HVU-UFPI, Prof. Dr. João Macedo( Foto: divulgação UFPI)

“Enviamos o material coletado para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), localizado em Recife, para análise e já recebemos o resultado da primeira etapa de exames, que deu negativo para o Mormo”, afirma o diretor do HVU. 

Os exames e testes estão sendo realizados em todos os animais que estavam na baia da clínica de grandes animais do Hospital Veterinário e que também estiveram em contato com o cavalo com suspeita da doença no haras.

Ainda de acordo o diretor João Macedo todas as medidas de saneamento para eliminação da doença de Mormo preconizada pela Instrução Normativa nº 06, de 16 de janeiro de 2018, estão sendo adotadas, como a interdição do estabelecimento, sacrifício do equino positivo, realização de testes de diagnóstico para Mormo no restante do plantel e investigação de vínculos epidemiológicos.

“Antes mesmo da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) interditar a Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário Universitário nós mesmos fizemos isso no local, os animais que estão no estabelecimento não saem e nenhum outro entra na ala. Estamos tomando todas as medidas necessárias e no prazo de 15 dias terem o resultado da segunda etapa dos exames, onde nos indicará se o local poderá ser reaberto”, esclarece o diretor. 

O Mormo é uma doença infectocontagiosa dos equídeos (muares, asininos e equinos), causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida a outros animais e ao ser humano. 

Os equídeos podem apresentar, dentre outros sintomas clínicos, febre, descargas nasais mucopurulentas (catarro), presença de tumores/nódulos subcutâneos e ainda apresentar pneumonia.

A infecção humana, embora rara, pode ser adquirida através do contato direto com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como por meio de objetos contaminados ou depois de exposição em laboratórios.

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