Hospital do Piauí é o 1º do país no SUS a aplicar o remédio mais caro do mundo
O medicamento é essencial para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME)
O Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp) realizou, neste domingo (30) um marco na saúde do Piauí ao administrar a primeira dose do fármaco Zolgensma em Heloísa Barbosa Mendes, uma criança de apenas um ano e quatro meses. Esse medicamento é essencial para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) e é considerado uma das terapias mais avançadas para essa doença, sendo também um dos remédios mais caros do mundo. Heloísa é a primeira criança do Piauí a receber essa medicação, e o Hilp tornou-se o primeiro hospital 100% SUS a aplicá-la no Brasil.

Os pais da pequena Heloísa, Keila Barbosa Mendes e Raimundo Reis Mendes, receberam o diagnóstico da doença quando ela tinha apenas 20 dias de vida. O casal já tinha um outro filho com AME, o que os deixou em alerta quando Keila engravidou novamente.
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A aplicação do Zolgensma no Hospital Infantil Lucídio Portella é um marco histórico, pois essa medicação só foi incorporada ao SUS em 2017 e é administrada em dose única via intravenosa. Diferente dos outros medicamentos para AME que já fazem parte do SUS e precisam ser administrados periodicamente, as crianças do Piauí precisavam se deslocar até Curitiba para receber o tratamento antes da disponibilidade do Zolgensma no estado.
A médica Lorena Mesquita, pediatra do hospital, explica que o Zolgensma apresenta resultados positivos significativos para pacientes com AME tipo I, melhorando aspectos como respiração, mastigação, movimentos da língua, deglutição, reflexo de vômito e articulação da fala. O tratamento precoce é fundamental, uma vez que a AME ainda não tem cura e as terapias existentes visam estabilizar a progressão da doença.
O Zolgensma é recomendado para pacientes pediátricos até seis meses de idade com AME do tipo I que estejam fora de ventilação invasiva acima de 16 horas por dia, seguindo o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS) e o Acordo de Compartilhamento de Risco.
Fonte: Com informações do Governo do Piauí