Instituto Saúde investigado pela PF no Tocantins é alvo de denúncias no Piauí
O ISAC tem causado dor de cabeça para usuários e desconfiança de órgãos de controle
Com sede em Brasília, o Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) é uma Organização Social (OS) que atua na gestão de serviços de saúde em cinco estados brasileiros e no Distrito Federal.
No Piauí, o ISAC tem ligações diretas o Governo do Estado com unidades importantes sendo administrados pela Instituto, como o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde de Parnaíba (HEDA), o Espaço de Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí (ESALPI), o Centro Especializado de Reabilitação de Parnaíba (CER IV) e a Central de Diagnóstico e Exames em Esperantina.
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Mas no entanto, a instituição enfrenta denúncias de má gestão no estado e é alvo de investigações da Polícia Federal no Tocantins.
Operação “Sempiternus” e suspeitas de desvio de R$ 6 milhões
No Tocantins, uma operação da Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um suposto esquema criminoso que pode ter desviado mais de R$ 6 milhões do Fundo Municipal de Saúde de Araguaína. O ISAC, que foi contratado pela prefeitura para operacionalizar e executar serviços de saúde no Hospital Municipal de Araguaína (HMA), Ambulatório Municipal de Especialidades (AME) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Anatólio Dias Carneiro, está no centro das investigações.
As apurações mostraram que recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 foram utilizados para custear viagens de um representante do ISAC. A PF descobriu que o instituto financiou deslocamentos aéreos para o médico Alberto Aguiar dos Santos Neto, um dos dirigentes da organização e presidente da empresa Liderança Participações e Investimentos, que foi subcontratada pelo próprio ISAC.
Diante dessas suspeitas, a 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal de Araguaína autorizou mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens dos investigados, com o objetivo de recuperar os valores desviados.
Denúncias no Piauí
No Piauí, o ISAC também enfrenta denúncias de má gestão em diversas unidades de saúde sob sua administração. Há relatos de problemas estruturais, falhas na prestação de serviços e suspeitas de irregularidades na aplicação dos recursos públicos. Embora não haja, até o momento, uma investigação formal nos mesmos moldes da Operação “Sempiternus”, as denúncias tem causado preocupações sobre a transparência e eficiência da entidade na gestão da saúde pública.
No país, e agora no Piauí, a atuação das Organizações Sociais na administração de hospitais e unidades de saúde tem sido amplamente debatida no Brasil, especialmente quando envolvem contratos milionários com recursos públicos que só Deus sabe como são firmado e executados.
E ter uma investigação da PF na conta nunca é bom sinal.
O Portal AZ não consegui contato dos responsáveis do ISAC no Piauí, mas reserva espaço.
Fonte: Portal AZ