Amazon lança 27 satélites do Project Kuiper para disputar mercado de internet
Empresa quer competir com a Starlink e oferecer internet via satélite até o fim de 2025
A Amazon deu um importante passo na disputa pelo mercado global de internet via satélite ao lançar, nesta segunda-feira (28), os primeiros 27 satélites do Project Kuiper, sua iniciativa própria para conectar pessoas e empresas em locais remotos do planeta.

O lançamento ocorreu às 20h (horário de Brasília), a partir da estação do governo dos Estados Unidos em Cabo Canaveral, na Flórida, sem registro de falhas técnicas ou climáticas. Os satélites, posicionados a 630 km da Terra, foram enviados ao espaço por um foguete Atlas V, da empresa United Launch Alliance (ULA).
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Embora o lançamento tenha sido bem-sucedido, a Amazon ainda não confirmou se os satélites já estão operando normalmente ou se estabeleceram contato com a base de controle.
Anunciado em 2019, o Project Kuiper é a resposta da Amazon à Starlink, empresa do bilionário Elon Musk. A proposta é criar uma constelação inicial com mais de 3.200 satélites em órbita, por meio de cerca de 80 lançamentos programados, com investimentos totais de aproximadamente US$ 10 bilhões.
Apesar do atraso de 20 dias por conta de fenômenos climáticos, a Amazon mantém o plano de iniciar o fornecimento comercial da internet via satélite até o final de 2025. O serviço deve atender clientes domésticos, corporativos e até governos — mas não tem ligação com a Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos.
Esse tipo de conexão usa satélites artificiais para transmitir dados entre estações operadoras e os consumidores, que precisam de uma antena parabólica e um modem especial. A principal vantagem é a ampla cobertura: a internet chega a áreas rurais, isoladas ou sem acesso à rede por fibra óptica.
No Brasil, a tecnologia já é conhecida graças à Starlink, que rapidamente se tornou líder nesse nicho, inclusive fornecendo sinal para reservas indígenas e regiões turísticas.
Ainda que ofereça alcance superior, a internet via satélite pode ter velocidade inferior à da fibra, além de depender de céu limpo e enfrentar maior latência (tempo de resposta da conexão).
Com a entrada da Amazon, a concorrência deve aquecer — o que pode significar preços mais competitivos e melhor qualidade de serviço para o consumidor final.
Fonte: Tecmundo