Em programa da Ajuspi, especialistas debatem sobre impacto da Lei do Abuso de Autoridade
Em programa da Ajuspi, especialistas debatem sobre impacto da Lei do Abuso de Autoridade
Enquanto aguarda seu vacatio legis para produzir seus efeitos no mundo jurídico, a Lei do Abuso Autoridade (Lei 13.869/19) tem provocado diversos debates quanto à sua aplicação.
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Na terça-feira (22/10) no programa Palavra Aberta Ajuspi o tema foi abordado pelos advogados Gilberto Holanda (Conselheiro da AJUSPI e Diretor Jurídico da Anacrim-PI), Daniel Oliveira (Ex-secretário de Justiça) e pela advogada Michele Amorim (Presidente da Comissão da Mulher Criminalista da Anacim-PI).
O trio destacou que a lei representa um avanço dentro da democracia, mas também para evitar que os abusos cometidos pelas autoridades fiquem impunes.
"A nova Lei do Abuso de Autoridade é fruto desse diálogo constitucional ao longo desses 30 anos, desde a Constituição de 88 e traz alguns dispositivos novos, regulamentando algumas situações e traz um conjunto de limitações para a atuação de autoridades e servidores públicos, em todas as áreas. Todos os agentes públicos estão sujeitos a essa norma. Agora, claro, ela tem um viés muito importante, que é a limitação da liberdade, que é um direito constitucional no nosso país, o qual todos os cidadãos devem exercer sem sobrepor-se aos limites legais", afirmou Daniel Oliveira.
"Mais uma vez a Ajuspi pauta um tema de enorme relevância para a sociedade, sem falar de sua atualidade. A nova Lei chega em um momento posterior a diversos casos envolvendo autoridades no país, o que aumenta a discussão por parte da mídia. Entendemos que essa lei vem como resposta a situações da Operação Lava Jato, reafirmando princípios e direitos constitucionais já existentes. A lei vem para punir quem comete excessos, não podemos achar que ela veio só para atingir políticos ou fragilizar a Lava Jato. A lei já foi confirmada e promulgada, aguarda só o tempo de vacância para começar a produzir seus reais efeitos", destacou Gilberto Holanda.
"A Anacrim acompanha de perto os debates e eu, como presidente da Comissão da Mulher Criminalista, estou sempre buscando estar inserida nas questões da atualidade e participar de forma efetiva, não só como profissional, mas como mulher, trazendo nossa contribuição e valor junto a estas questões", disse Michele Amorim.
Acompanharam o programa o presidente da Ajuspi, Thiago Brandim, o Conselheiro da Ajuspi Rafael Correia, e Bárbara Sales, Vice-presidente da Comissão da Mulher Criminalista da Anacrim-PI).