Magistrada faz alerta sobre causas que podem ocasionar doenças mentais

O programa Palavra Aberta da última terça-feira (12) tratou sobre o tema doenças mentais relacionadas ao ambiente de trabalho. A entrevistada foi a Juíza do Trabalho, Mariana Siqueira.

A magistrada frisou que na Justiça do Trabalho tem se deparado, quase que diariamente, com processos veiculando pedidos decorrentes de doenças do trabalho, dentre as de maior destaque, as doenças mentais, principalmente, durante e após o período pandêmico, quando o homeoffice passou a ser uma realidade de muitos trabalhadores brasileiros.
 

Foto: AJUSPIAJUSPI

“Metas abusivas, ranking de produtividade entre funcionários, pressão para o cumprimento de metas, atitudes discriminatórias e bullyng no ambiente de trabalho são umas das causas mais comuns do adoecimento mental dos trabalhadores que chegam às portas da Justiça do Trabalho piauiense”, frisou Mariana Siqueira.

A entrevista também destacou a síndrome de burn out como uma doença de natureza psicológica tipicamente relacionada ao trabalho, que se caracteriza pelo esgotamento físico e mental decorrente das condições de trabalho do indivíduo, que acaba por desembocar em outras doenças mentais, tais como transtornos de depressão e de ansiedade, por exemplo.

“Abordamos, ainda, as principais consequências jurídicas decorrentes dos afastamentos dos trabalhadores dos seus locais de trabalho em virtude das doenças mentais, tendo destaque o atestado médico, afastamento pelo INSS, estabilidade provisória no emprego e indenização por danos morais”. 

Por fim, a magistrada pontuou o papel da Justiça do Trabalho neste aspecto, bem como elencou as principais ações preventivas que os empregadores podem adotar para evitar ou minimizar o adoecimento de seus colaboradores.

O presidente da Ajuspi, Felipe Lira Pádua acompanhou a entrevista nos estúdios da TV Assembleia.

Comente

Pequisar