Crime ambiental: fiscais do Lixo Zero flagram aterro irregular de lagoa da zona leste
Construtores irregulares estão despejando restos de material de construção no local, provocando o aterramento da lagoa
Fiscais do Programa Lixo Zero, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH), constataram um grave crime ambiental em uma lagoa da Rua Dr. Mário Teodomiro de Carvalho, no Bairro Ininga, zona leste da cidade.
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Crime ambiental: fiscais do Lixo Zero flagram aterro irregular de lagoa da zona leste (Foto: divulgação)
Construtores irregulares estão despejando restos de material de construção no local, provocando o aterramento da lagoa. Além disso, foram colocados galhos de árvores e pedras na entrada das ruas na tentativa de barrar a entrada da fiscalização.
“Esse crime ambiental é gravíssimo. É como se estivéssemos jogando todo esse resto de material de construção no Rio Poti. Esta ação pode causar o desequilíbrio ambiental e a destruição do ecossistema dessa localidade, gerando um grande impacto negativo na flora e na fauna da região, além de também provocar enchentes e alagamentos no período chuvoso”, alerta o secretário da SEMDUH, Edmilson Ferreira.
Os fiscais do Programa Lixo Zero já estão investigando a origem do material encontrado na lagoa para punir os infratores. “O trabalho de fiscalização é diário, mas infelizmente a própria população acoberta os infratores, o que dificulta a ação dos fiscais. Monitoramos, diariamente, mais de 60 pontos de descarte irregular de lixo. São pontos onde fazemos a limpeza em um dia e no outro já está sujo novamente. Sentimos como se estivéssemos enxugando gelo”, acrescenta o coordenador de limpeza pública da SEMDUH, Fabrício Amaral.
O secretário Edmilson Ferreira ressalta, ainda, que os fiscais do Programa Lixo Zero estão sofrendo ameaças de morte em algumas localidades. “Eles chegam para notificar ou multar o infrator e são ameaçados com armas de fogo e facões. Há lugares onde, para que eles entrem, é preciso acionar a Guarda Municipal para fazer a segurança”, explica o gestor.
Mesmo com a dificuldade, somente neste ano já foram aplicadas quase 300 multas relacionadas ao depósito de lixo em local proibido, além de mais de 250 notificações.
“O gasto da Prefeitura de Teresina com o recolhimento do lixo em locais proibidos é absurdo, passa de R$ 400 mil por mês. Estamos fazendo uma ação social para tentar conscientizar a população. Toda semana estaremos em um bairro da cidade onde há muito descarte irregular de lixo. Fazemos a limpeza e conversamos com a população de porta em porta. Fizemos isso na semana passada no bairro Beira Rio, na zona Sudeste, e vimos que está dando resultado porque a quantidade de lixo nas ruas diminuiu”, comemora o secretário.
Edmilson Ferreira frisa que tem conversado bastante com o prefeito de Teresina, Doutor Pessoa, na busca por soluções para a questão da limpeza da cidade. “Por ser médico, ele está muito preocupado com o impacto que esse lixo jogado nas ruas terá na saúde das pessoas. O lixo acumulado aumenta a proliferação de mosquitos, inclusive o da dengue, e de doenças. Além disso, quando chove, esse lixo entope as galerias e causa inundações em toda a cidade”, finaliza.