Com motoristas e cobradores ainda sem receber salários, sindicato recorre ao TRT
Sindicato denuncia irregularidades como dupla jornada
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) recorreu na manhã desta segunda-feira (23) ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) devido ao não pagamento de motoristas e cobradores na capital. Em entrevista ao Portal AZ, o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso explicou que apenas duas das onze empresas fizeram o pagamento na data acordada em convenção. O sindicato denuncia também irregularidades, e que motoristas e cobradores nessa situação não irão rodar.
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Com motoristas e cobradores sem receber salários, sindicato recorre ao TRT (Foto: arquivo / Wilson Nanaia / Portal AZ)
"Estamos saindo do TRT, a promotora não pode receber a gente hoje e marcou para amanhã, mas há um descaso com a população. Eles não estão nem aí para população. Nós estamos fazendo nossa parte de novo, estamos fazendo nossa parte, mas há um desinteresse muito grande da Prefeitura e do Setut", afirma o presidente.
De acordo com a convenção, o repasse de pagamentos a motoristas e cobradores seria feito de forma quinzenal, porém, Antonio Cardoso afirma que o sindicato foi surpreendido com a retirada da cláusula. O pagamento era para ter sido realizado na última quinta-feira (19), mas os trabalhadores foram informados de que não seriam pagos devido ao atraso do repasse da Prefeitura de Teresina.
"O pagamento seria feito por quinzena e disseram que foi um erro, mas que iriam pagar no dia 20. Agora disseram que não pagariam mais por causa da prefeitura. Uma das empresas disse que não ia apagar porque a prefeitura não fez o repasse. A Prefeitura fez o depósito na sexta a tarde e as empresas disseram que não tinham condição de fazer o repasse, mas que segunda de manhã iam fazer. Até agora nada", denuncia.
"Alguns motoristas e cobradores estão trabalhando com sobrecarga de trabalho. Estamos indo no terminal e esses ônibus que estão com motorista que estão sem carteira assinada, irregulares, não vão rodar", aponta.
A última greve de motoristas e cobradores na capital durou 22 dias, e so teve fim no dia 12 de abril deste ano após acordo firmado entre a Prefeitura de Teresina, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) e o Sintetro.
Na assinatura da convenção foi acordado que o salário do motorista ficasse em R$ 2 mil, o cobrador em R$ 1.231 e dos fiscais R$ 1.325. Já o plano de saúde ficou de R$ 60 e o vale refeição de R$ 170. Ao todo são 1,2 mil trabalhadores que atuam no transporte coletivo da capital.
O Sintetro agendou para esta terça-feira (24) uma reunião entre as partes no Tribunal Regional do Trabalho.