Universidade expulsa estudante que agrediu árbitra durante jogo
A portaria foi assinada depois de três meses que a comissão foi formada
A Universidade Federal Delta do Parnaíba (UFDPar) decidiu pela expulsão do estudante Rodrigo Quixaba Oliveira, de 22 anos, acusado de agredir a socos árbitra Eliete Maria Fontenele dos Santos, de 42 anos, durante uma partida de futsal dentro da instituição em junho deste ano.
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Árbitra ficou com os lábios feridos. Rodrigo Quixaba ao lado( Foto: reprodução/ redes sociais)
A portaria com a decisão foi assinada nesta quarta-feira (11), depois de três meses que a comissão foi formada e pediu a prorrogação do prazo. A informação foi confirmada pelo reitor da UFDPar, Alex Marinho, que ainda afirmou que o prazo foi prorrogado devido ao número de testemunhas a serem ouvidas no processo.
“A comissão responsável pela investigação do caso intimou as todas as testemunhas, mas por causa do grande número de pessoas a serem ouvidas no caso foi solicitado um prazo maior para a conclusão do processo, o que levou cerca de 90 dias”, afirma Alex Marinho.
Danos Morais
O Juiz Max Paulo Soares de Alcântara determinou que o estudante de Engenharia de Pesca Rodrigo Quixaba Oliveira realize o pagamento de Pena de Prestação Pecuniária à árbitra de futsal Eliete Maria Fontenele dos Santos.
Segundo o Tribunal de Justiça do Piauí, pelo menos na esfera penal, o estudante Rodrigo Quixaba pode ser beneficiado com medidas despenalizadoras previstas na Lei 9099/95, principalmente por ser primário de bons antecedentes, isso para que o mesmo não venha a ser punido com detenção, que nesse caso seria de no máximo um ano.
Eliete Maria Fontenele dos Santos( Foto: reprodução/ redes sociais)
Neste caso, como o prosseguimento da ação penal depende da vontade da vítima, a lei determina que se realize uma audiência para verificar a possibilidade de composição entre as partes. Na audiência entre o estudante Rodrigo Quixaba Oliveira e Eliete Maria Fontenele dos Santos primeiramente não houve acordo entre eles, pois a vítima pediu 10 salários mínimos e o agressor propôs apenas R$ 1 mil.
Então a vítima disse que representava contra ele para seguimento do processo. Logo depois, o promotor assumiu a condição de titular da ação de propôs uma medida despenalizadora chamada de Transação Penal.
Rodrigo Quixaba Oliveira( Foto: reprodução/redes sociais)
A condição para ele não ser processado pelo Ministério Público pelo crime de Lesão Corporal foi o pagamento de pena de prestação pecuniária no valor de R$ 4.990,00 a ser revertida em favor da vítima, o que foi aceito pelo agressor.
“Registrei Boletim de Ocorrência contra o estudante, pois em 20 anos de árbitra ninguém nunca havia me agredido, ele passou dos limites. Com a decisão do juiz, ele deverá cumprir a decisão judicial e pagar o valor estabelecido em audiência”, afirmou Eliete Maria Fontenele dos Santos ao Portal AZ.
Segundo o Tribunal de Justiça do Piauí, a medida seria a condição para que o estudante não fosse processado pelo Ministério Público pelo crime de lesão corporal seria o pagamento de pena de prestação pecuniária no valor de cinco salários mínimos, um total equivalente a R$ 4.990 a ser revertida em favor da vítima, a que foi aceito pelo agressor.
Atualmente o processo penal encontra-se suspenso, aguardando o cumprimento do benefício previsto na Lei ( ou seja o pagamento dos cincos salários mínimos em favor da vítima).
Entenda o caso
A árbitra de futsal Eliete Maria Fontenele foi agredida durante um jogo realizado na quadra poliesportiva da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), região Norte do Piauí. O agressor seria o aluno do curso de Engenharia de Pesca, identificado como Rodrigo Quixaba.
Eliete Maria apitava o jogo quando, após uma confusão entre os jogadores, ela aplicou cartões vermelhos aos envolvidos. A decisão da juíza teria irritado Rodrigo Quixaba, estudante do curso de Engenharia de Pesca. O jogador deu vários socos no rosto da árbitra.
A agressão ocorreu no dia 3 de junho, e Rodrigo Quixaba se apresentou à Polícia Civil somente no dia 10, quando prestou esclarecimentos sobre o ocorrido. Em depoimento, o jogador alegou não ter intenção de agredir a árbitra.
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