Taxa de desemprego no trimestre está mínimo de 2015: 7,5%

Índices positivos refletem crescimento da ocupação e estabilidade do desemprego, segundo dados do IBGE.

Por Carlos Sousa,

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em novembro alcançou o patamar de 7,5%, marcando o menor índice desde fevereiro de 2015, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (29). Este desempenho representa uma queda em relação ao trimestre anterior, quando o índice estava em 7,8%, e ao mesmo período de 2022, que registrava 8,1%.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilSine divulga mais de 200 vagas de emprego para Teresina

Os resultados favoráveis foram impulsionados pelo aumento no número de pessoas ocupadas, atingindo a marca de 100,5 milhões, o maior desde 2012, com um crescimento de 0,9% em três meses. Em contrapartida, o contingente de desempregados permaneceu estável em 8,2 milhões, alcançando o menor número desde abril de 2015.

Ocupação e Formalização: A pesquisa revelou que a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar subiu para 57%, um aumento de 0,4 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior. Dentre esses ocupados, 515 mil foram contratados com carteira assinada, somando um total de 37,7 milhões, o segundo maior patamar da série histórica.

O número de empregados sem carteira ficou em 13,4 milhões, mantendo-se estável, mas registrando o maior índice da série histórica. Setores como indústria e construção foram os responsáveis pelo aumento do emprego formal, impulsionando a ocupação no período.

Informalidade: A taxa de informalidade, que engloba trabalhadores sem carteira assinada, permaneceu em 39,2%, representando 39,4 milhões de trabalhadores informais. Esse dado se manteve praticamente estável em comparação com os três meses anteriores.

Rendimento Médio: O rendimento médio real do trabalhador atingiu R$ 3.034, com um aumento de 2,3% no trimestre e uma alta de 3,8% em relação ao ano anterior. O crescimento mais expressivo ocorreu entre os empregados com carteira assinada no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%).

Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) baseiam-se em uma amostragem de 211 mil domicílios em todo o país, abrangendo informações sobre diversas formas de trabalho, como contratados com carteira assinada, por conta própria e informais.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, também corroborou os dados positivos do mercado de trabalho, com um saldo positivo de mais de 130 mil vagas em novembro e um acumulado de 1.914.467 postos de trabalho gerados de janeiro a novembro.

Fonte: Agência Brasil

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