Piauí é o segundo estado com maior proporção de mortes maternas no país

Com dados de 2022, o estado ficou atrás apenas de Roraima

Por Redação do Portal AZ,

De acordo com informações do estudo "Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil", publicado pelo IBGE nesta sexta-feira (8), e baseado em dados do Ministério da Saúde, o Piauí registrou uma taxa de mortalidade materna de 108,9 mortes de mulheres por 100 mil nascidos vivos em 2022. Esse indicador posiciona o estado como o segundo com maior proporção de mortes maternas no país, ficando atrás apenas de Roraima.

Os estados com as menores proporções de mortes maternas em 2022 foram Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com taxas de 31,6 e 38,9 óbitos de mulheres por 100 mil nascidos vivos, respectivamente.

A razão de mortalidade materna compreende as mortes maternas obstétricas diretas e indiretas por 100 mil nascidos vivos, e é um importante indicador da qualidade dos cuidados de saúde materna em um país. 

Foto: IBGERazão de mortalidade materna por estados da federação

Em 2020, com a eclosão da pandemia de COVID-19, a razão de mortalidade materna no Piauí aumentou 3% em relação a 2019, alcançando 101 óbitos por 100 mil nascidos vivos.  Em 2021, atingiu um recorde de óbitos na série histórica de 2009 a 2022, registrando 160,9 mortes por 100 mil nascidos vivos, com variação de 59,3% em relação ao ano anterior. Em 2022, o indicador cai para 108,9 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos, uma queda de 32,3% em
relação ao ano anterior, mas ainda acima do nível pré-pandemia de 2019, quando a razão de mortalidade tinha sido de 98,1 mortes por 100 mil nascidos vivos.

Foto: IBGERazão de mortalidade materna no Piauí entre 2009 e 2022
Razão de mortalidade materna no Piauí entre 2009 e 2022

A análise dos dados da série histórica revelou que o Brasil cumpriu a meta do ODS de 2010 a 2019. Em 2020, com o surgimento da pandemia de COVID-19, a razão de mortalidade materna aumentou 29,0% em relação a 2019, alcançando 74,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Em 2021, atingiu 117,4 óbitos por 100 mil nascidos vivos com taxa de variação de 57,2% em relação ao ano anterior. Em 2022, o indicador do país retorna a patamar próximo de 2019, com
57 mortes por 100 mil nascidos vivos.
 

No Brasil, 17 unidades da federação conseguiram registrar indicador de mortalidade materna abaixo da meta preconizada pelo ODS, enquanto 10 unidades
ficaram acima daquela meta.

Fonte: IBGE

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