Governo bloqueou 11 mil sites de apostas ilegais, diz Ministério da Fazenda

Medidas incluem consulta pública e regras mais rígidas para publicidade e licenças

Por Dominic Ferreira,

O governo federal bloqueou mais de 11,5 mil sites de apostas ilegais após a entrada em vigor das novas regras para o setor no Brasil. A ação, liderada pelo Ministério da Fazenda e executada pela Anatel, é parte de um esforço para organizar o mercado de apostas esportivas e garantir que apenas empresas autorizadas possam operar.

Foto: Reprodução/Joédson Alves/ Agência BrasilSe regulação não der conta, eu acabo, diz Lula sobre bets
Um banco de dados de autoexlusão está entre as criações para nova regulamentação.

 Até agora, 68 empresas receberam autorização, representando 153 marcas, e o processo de regulamentação já gerou R$ 2,1 bilhões em outorgas para os cofres públicos. Segundo Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas, a fiscalização do setor envolve não apenas o bloqueio de sites clandestinos, mas também a criação de uma base normativa robusta. 


Desde 2024, o governo editou 11 portarias e está trabalhando em mais 14 atos normativos para dar maior transparência ao setor. Além disso, 349 pedidos de autorização foram protocolados até agora, e o governo segue analisando documentos e ampliando as concessões para empresas que cumprem os requisitos legais.

 Outra frente de ação envolve a regulação da publicidade, com foco em influenciadores digitais que promovem plataformas ilegais. Até o momento, 51 influenciadores foram autuados por divulgar casas de apostas clandestinas. 

A Fazenda também estuda limites mais rígidos para propagandas, buscando proteger consumidores vulneráveis, especialmente jovens, dos riscos associados ao vício em jogos de azar. Para ampliar o debate, o governo anunciou uma consulta pública para 2025 e 2026, envolvendo temas como regras de publicidade, fiscalização, e monitoramento de transações financeiras.


 A regulamentação busca aumentar a arrecadação, mas também criar um ambiente seguro e transparente para os apostadores brasileiros. Entre as medidas previstas para os próximos anos estão a criação de um Banco de Dados de Autoexclusão, um Sistema Nacional de Apostas, e o aprimoramento de mecanismos de proteção para pessoas com transtornos de jogo. 
 

Fonte: Com informações Ministério da Fazenda

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