Brasil atinge pior lugar no ranking de corrupção da Transparência Internacional

País registra queda no Índice de Percepção da Corrupção, alcançando a menor pontuação desde 2012

Por Redação do Portal AZ,

O Brasil alcançou, em 2024, sua pior colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) desde 2012, segundo a Transparência Internacional. Com 34 pontos em uma escala de 0 a 100, onde 0 indica alta percepção de corrupção e 100 representa alta integridade, o país caiu para a 107ª posição entre 180 nações avaliadas. No ano anterior, havia obtido 36 pontos, ocupando a 104ª posição.

A organização identificou diversos fatores que contribuíram para essa queda. Entre eles, o silêncio do presidente Lula sobre pautas anticorrupção, a falta de transparência no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a percepção de ingerência política na Petrobras e negativas frequentes do governo a pedidos de acesso à informação, muitas vezes sob a justificativa de conterem dados pessoais.

Além disso, a persistência de casos de corrupção no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), envolvendo desvios de emendas parlamentares, e as anulações de processos da Operação Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contribuíram para a piora na percepção da corrupção no país. Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, afirmou que o índice reflete uma situação sistêmica de corrupção que abrange os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

O relatório também alerta para a crescente influência do crime organizado nas instituições estatais brasileiras, indicando um avanço no processo de captura do Estado pela corrupção. A organização enfatiza que o resultado deve servir como um alarme para a sociedade brasileira, ressaltando a necessidade urgente de reverter essa trajetória negativa.

No contexto global, o Uruguai se destaca como o país com a melhor pontuação nas Américas, alcançando 76 pontos e a 13ª posição no ranking mundial. A Dinamarca lidera o índice com 90 pontos, mantendo-se no topo pelo segundo ano consecutivo. A média global é de 43 pontos, enquanto a das Américas é de 42 pontos, situando o Brasil abaixo de ambas.

Fonte: G1

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