TRT determina pagamento de benefícios a motoristas e cobradores e suspensão da greve

Trabalhadores do transporte coletivo de Teresina paralisaram as atividade ontem

Por Fernanda Gil Lustosa, 14/10/2020 11:15

O Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI) determinou na manhã desta quarta-feira (14) o pagamento imediato do plano de saúde, ticket alimentação, e o cumprimento dos 30% da MP 936/2020, que trata da redução da jornada de trabalho dos motoristas e cobradores de ônibus em Teresina.

Com isso, os trabalhadores do transporte coletivo da capital devem encerrar ainda hoje a greve iniciada nesta terça-feira (13).

TRT determina pagamento de benefícios a motoristas e cobradores e suspensão da greve (Foto:Portal AZ)

“Decide-se pela concessão parcial da tutela provisória de urgência requerida, em relação aos pedidos de ticket alimentação e plano de saúde, a fim de que as empresas substituídas pelo sindicato suscitado garantam aos trabalhadores substituídos pelo sindicato suscitante o cumprimento das cláusulas, decorrentes de sentença normativa até nova regulamentação ou consenso”, diz o documento.

Ainda de acordo com o documento, será pago o ticket alimentação no valor de R$584,89 (quinhentos e oitenta e quatro reais e oitenta e nove centavos) para motoristas, R$ 465,56(quatrocentos e sessenta e cinco e cinquenta e seis centavos) para os cobradores, fiscais e despachantes; e para os demais trabalhadores será de R$373,64.

Já em relação aos planos de saúde as empresas, através do sindicato patronal, assinarão aditivo ao contrato feito entre o sindicato laboral e a empresa contratada para a prestação de serviços de saúde. Ficando estabelecido que o Setut e o Sintetro participem, conjuntamente, das negociações do plano de saúde.

Veja a decisão

Entenda o caso

Os motoristas e cobradores de ônibus deflagraram greve nesta terça-feira (13). De acordo com a Strans, o sindicato informou sobre o movimento no final do expediente da última sexta-feira (9) sem explicar a razão da paralisação. De acordo com a lei, o comunicado deveria ter sido feito com 72 horas úteis de antecedência.

“Recebemos essa decisão com surpresa. Lamentamos a situação e vamos acionar o Ministério Público do Trabalho porque o sindicato não nos apresentou nenhuma pauta de reivindicações”, ressaltou o gestor da Strans, Weldon Bandeira.