Presidente dos EUA desembarca em Manaus para visita à floresta amazônica

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Manaus neste domingo (17) para uma visita histórica à região amazônica. Acompanhado pela filha Ashley e pela neta Natalie, Biden tornou-se o primeiro presidente americano em exercício a visitar a Amazônia brasileira. A viagem faz parte de uma agenda voltada ao enfrentamento da crise climática e reforça o compromisso dos Estados Unidos com a preservação ambiental.

Foto: Daniela Branches/Rede Amazônica

Presidente americano Joe Biden chega a Manaus acompanhado da filha Ashley Biden e da neta Natalie Biden

O avião presidencial Air Force One pousou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes às 13h30 (horário de Brasília). Biden chegou à capital amazonense após sair de Lima, no Peru, onde participou da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Sua comitiva incluiu a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, e autoridades americanas. O presidente foi recepcionado pela embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, e pelo prefeito de Manaus, David Almeida.

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Após a chegada, Biden embarcou em um helicóptero VH-60N White Hawk para sobrevoar a região. Acompanhado por outros seis helicópteros da Força Aérea Americana que garantiram sua escolta, o democrata visitou pontos icônicos da Amazônia, como o Encontro das Águas, a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia (Musa).

Por volta das 15h20, o presidente chegou ao Musa, onde fez uma trilha por um trecho de floresta nativa ao lado da pesquisadora Camila Ribas, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e de Peter Fernandez, CEO da Mombak, empresa que negocia créditos de carbono.

Na trilha, Biden se encontrou com lideranças indígenas embaixo de uma sumaúma, árvore que pode chegar a 50 metros de altura e viver até 120 anos. O encontro simbolizou o diálogo com comunidades locais e a importância do papel dos povos indígenas na preservação ambiental. No local, Biden fez um pronunciamento oficial para a imprensa, destacando os compromissos ambientais dos EUA.

Ainda neste domingo, Biden anunciou a intenção de aportar mais US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 290 milhões) ao Fundo Amazônia, que financia ações contra o desmatamento e a redução de emissões de gases poluentes. A liberação do valor, contudo, depende da aprovação do Congresso americano, onde o Partido Republicano terá maioria a partir de janeiro.

Esse é o segundo repasse anunciado pelo governo Biden ao Fundo Amazônia. Em 2023, os EUA destinaram US$ 50 milhões após a retomada do fundo pelo governo Lula. Apesar dos novos aportes, o montante está longe da promessa de US$ 500 milhões feita em abril. Com a recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, há incertezas sobre o envio de valores adicionais.

Contexto político e impacto

A visita de Biden à Amazônia ocorre a poucos meses de deixar a presidência, após perder a reeleição para Trump. O democrata busca consolidar sua imagem como líder comprometido com a agenda climática global. A Casa Branca havia anunciado a viagem no início de novembro, detalhando que Biden passaria por Manaus e pelo Rio de Janeiro entre os dias 17 e 19 de novembro.

Antes da visita, aviões de carga americanos chegaram a Manaus com equipamentos logísticos para apoiar a segurança do presidente e sua comitiva. Após os compromissos na Amazônia, Biden seguirá para o Rio de Janeiro, onde participará da Cúpula dos Líderes do G20.

No encontro internacional, o presidente reforçará o papel dos Estados Unidos no crescimento sustentável, destacando a necessidade de cooperação global para combater os impactos das mudanças climáticas. A visita histórica também representa um marco na relação bilateral entre Brasil e EUA em prol da preservação da maior floresta tropical do planeta.

Fonte: Com informações do G1