Operação Boca Livre: PF teria prendido dono da empresa Futura por porte ilegal de arma
Os policiais teriam encontrado uma pistola ponto 40 com a numeração raspada
(Atualizada às 23h14)
Não se trata do advogado Alano Dourado, ex-secretário de Educação, a pessoa presa pela Polícia Federal por porte ilegal de arma. O preso é um homônimo do ex-secretário, Alano Rodrigues, dono da Futura, uma das empresas investigadas pela CGU e Polícia Federal.
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Alano Rodrigues, dono da Futura Distribuidora (Foto: reprodução Instagram)
Os policiais teriam encontrado uma pistola ponto 40, de uso privativo das forças de segurança e, ainda por cima, com a numeração raspada.
Na primeira versão, que circulou depois do meio-dia, ele teria pago fiança (R$ 20 mil), mas já no início da noite surgiu nova informação de que o advogado permanecerá preso, por conta da raspagem na numeração da arma. Mas quem está preso é Alano Rodrigues.
Como a pistola, que seria originária da Polícia Civil se encontra com numeração rasurada, acredita-se que que numa audiência de custódia, provavelmente marcada para essa quinta-feira, o juiz arbitre o valor da fiança.
Erramos
O Portal AZ pede desculpas pela confusão feita em torno das informações passadas agora à noite, que terminaram culminando com a divulgação da prisão de Alano Dourado, equivocadamente. As desculpas principalmente ao advogado que não tem qualquer envolvimento com os fatos apurados.
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20), uma operação tendo como alvo novamente a Secretaria de Educação do Estado (Seduc).
A ação da PF denominada “Boca livre”, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), teria como objetivo apurar desvios de recursos da merenda escolar, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
(Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)
De acordo com as primeiras informações apuradas pela reportagem do Portal AZ, no ano de 2014 um grupo de empresas participou de licitação superfaturada para fornecimento de alimentos para a Seduc. Na ocasião, foi identificado um prejuízo efetivo de R$ 1.751.740,61, decorrente do superfaturamento nos pagamentos realizados pela SEDUC/PI às empresas envolvidas no esquema, que totalizaram, aproximadamente, R$ 5.300.000,00.
A PF avalia que a organização criminosamente teria lucrado cerca de R$ 140 milhões. Também está sendo apurado pelos investigadores da PF o pagamento de propina a agentes públicos.
Agentes da PF realizaram operação para investigar desvios de recursos para merenda escolar (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)
Ao todo, 68 policiais federais participaram da operação, além de 10 servidores da CGU. Foram cumpridos 12 mandados de buscas. A sede da Seduc também foi alvo da operação.
O nome Boca Livre é alusivo à grande facilidade propiciada pelo conluio entre os empresários e os agentes públicos envolvidos, o que possibilitou o direcionamento às empresas e a contratação com sobrepreço expressivo.
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