PF faz operação para apurar desvio na merenda escolar na Secretaria de Educação

Mandados estão sendo cumpridos na sede da Seduc

Por Lucas Sousa,

(Atualizada às 09h36)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20), uma operação tendo como alvo novamente a Secretaria de Educação do Estado (Seduc).

Agentes da PF na Seduc (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

A ação da PF denominada “Boca livre”, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), teria como objetivo apurar desvios de recursos da merenda escolar,  através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 

(Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

De acordo com as primeiras informações apuradas pela reportagem do Portal AZ, no ano de 2014 um grupo de empresas participou de licitação superfaturada para fornecimento de alimentos para a Seduc. Na ocasião, foi identificado um prejuízo efetivo de R$ 1.751.740,61, decorrente do superfaturamento nos pagamentos realizados pela SEDUC/PI às empresas envolvidas no esquema, que totalizaram, aproximadamente, R$ 5.300.000,00. 

(Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

A PF avalia que a organização criminosamente teria lucrado cerca de R$ 140 milhões. Também está sendo apurado pelos investigadores da PF o pagamento de propina a agentes públicos. 

(Foto: Lucas Sousa)

Ao todo, 68 policiais federais participam da operação, além de 10 servidores da CGU. Estão sendo cumpridos 12 mandados de buscas. A sede da Seduc também é alvo da operação.

(Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

(Foto: Lucas Sousa/ Portal AZ)

(Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

A operação

O nome Boca Livre é alusivo à grande facilidade propiciada pelo conluio entre os empresários e os agentes públicos envolvidos, o que possibilitou o direcionamento às empresas e a contratação com sobrepreço expressivo. 

Confira os vídeos:

Operação Topique 

A Secretaria de Educação do Piauí é alvo, pela segunda vez de operação da Polícia Federal. A primeira foi a 'Topique' que investiga crimes praticados por pessoas físicas e empresas acusadas de fraudar licitações e desviar dinheiro público destinado à prestação de serviços de transporte escolar nas secretarias estaduais de Educação e em municípios do Piauí e do Maranhão, custeados por recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). 

Conforme os autos, os investigados praticavam os crimes por pelo menos cinco anos, sendo o prejuízo ao erário superior a R$ 119 milhões.

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