Messias teme que CPMI atrapalhe ressarcimento de vítimas de fraudes do INSS

Advogado-Geral da União ressalta que investigações do governo estão em andamento

Por Dominic Ferreira,

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, expressou sua preocupação nesta terça-feira (20) sobre a possibilidade de que a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no INSS possa atrasar o ressarcimento às vítimas. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Messias destacou a importância da investigação em andamento pelo governo, mas reconheceu que a CPMI é um direito do Congresso Nacional.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilMessias afirma que governo federal desvendou fraudes do INSS antes da CPMI
Messias afirma que governo federal desvendou fraudes do INSS antes da CPMI

Messias enfatizou que, apesar da preocupação com o impacto da CPMI, o governo está comprometido em investigar as fraudes. "Nunca um governo investigou tanto como este", afirmou, mencionando que investigações estão sendo conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo INSS e pela Polícia Federal. Ele ressaltou que o atual governo foi responsável por revelar as fraudes e que as informações sobre as investigações estão sendo disponibilizadas à sociedade.

Enquanto o governo se opõe à criação da CPMI, que já conta com as assinaturas necessárias para sua instalação, o Planalto avalia que resistir à comissão poderia ter um efeito negativo na avaliação do governo em meio à crise. Messias argumentou que a CPMI pode acabar desviando a atenção e os recursos necessários para a investigação oficial, potencialmente prejudicando a atuação da PF, do INSS e da CGU.

O ministro reiterou sua preocupação sobre como a CPMI poderia atrasar a construção de um modelo jurídico para devolver os recursos devidos a aposentados e pensionistas. "Eu me preocupo se uma CPMI neste momento não pode atrapalhar esse processo de devolução dos recursos para os aposentados e pensionistas", enfatizou Messias, destacando a necessidade de agilidade na resolução dessa questão e no ressarcimento às vítimas das fraudes.

Fonte: Correio Braziliense

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