Messias teme que CPMI atrapalhe ressarcimento de vítimas de fraudes do INSS
Advogado-Geral da União ressalta que investigações do governo estão em andamento
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, expressou sua preocupação nesta terça-feira (20) sobre a possibilidade de que a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no INSS possa atrasar o ressarcimento às vítimas. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Messias destacou a importância da investigação em andamento pelo governo, mas reconheceu que a CPMI é um direito do Congresso Nacional.
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Messias enfatizou que, apesar da preocupação com o impacto da CPMI, o governo está comprometido em investigar as fraudes. "Nunca um governo investigou tanto como este", afirmou, mencionando que investigações estão sendo conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU), pelo INSS e pela Polícia Federal. Ele ressaltou que o atual governo foi responsável por revelar as fraudes e que as informações sobre as investigações estão sendo disponibilizadas à sociedade.
Enquanto o governo se opõe à criação da CPMI, que já conta com as assinaturas necessárias para sua instalação, o Planalto avalia que resistir à comissão poderia ter um efeito negativo na avaliação do governo em meio à crise. Messias argumentou que a CPMI pode acabar desviando a atenção e os recursos necessários para a investigação oficial, potencialmente prejudicando a atuação da PF, do INSS e da CGU.
O ministro reiterou sua preocupação sobre como a CPMI poderia atrasar a construção de um modelo jurídico para devolver os recursos devidos a aposentados e pensionistas. "Eu me preocupo se uma CPMI neste momento não pode atrapalhar esse processo de devolução dos recursos para os aposentados e pensionistas", enfatizou Messias, destacando a necessidade de agilidade na resolução dessa questão e no ressarcimento às vítimas das fraudes.
Fonte: Correio Braziliense