Lula defende aumento do IOF para sustentar programas sociais

Presidente enfrenta críticas no Congresso e busca garantir recursos essenciais

Por Dominic Ferreira,

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), uma medida proposta por sua equipe econômica e que tem gerado controvérsias. A Câmara dos Deputados aprovou a urgência para discutir um projeto que visa revogar o decreto presidencial que aumentou a alíquota do imposto. Lula argumenta que o aumento é necessário para garantir recursos destinados a programas sociais, saúde, educação e infraestrutura, essenciais para o desenvolvimento do país.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPresidente Lula
Presidente Lula

Lula enfatizou que não cederá às pressões de setores econômicos influentes que se opõem à proposta. A justificativa do governo para o aumento do IOF é que, ao ultrapassar o arcabouço fiscal, cortes orçamentários seriam inevitáveis, o que afetaria diretamente investimentos em áreas prioritárias. O presidente destacou a importância de enfrentar essa "briga", ressaltando que a arrecadação gerada pelo imposto seria uma compensação necessária para evitar cortes que poderiam resultar em um impacto negativo em serviços essenciais.

A proposta, formalizada em 22 de maio, visava aumentar a arrecadação em cerca de R$ 19 bilhões por ano, focando na taxação de operações de crédito e remessas internacionais, além de aumentar a carga sobre setores altamente lucrativos, como plataformas de apostas e fintechs. No entanto, a reação do mercado foi imediata e negativa, acompanhada de críticas por parte de parlamentares, inclusive da base governista. Essa pressão levou o Palácio do Planalto a recuar parcialmente, publicando um novo decreto que reduziu algumas alíquotas e ajustou pontos sensíveis, mas a crise política se intensificou.

Com a recente aprovação de um regime de urgência para o projeto que busca anular os efeitos do decreto, o governo enfrenta um novo desafio. Lula criticou explicitamente empresas que, segundo ele, obtêm lucros substanciais, mas resistem a contribuir para a arrecadação pública. Ele citou as plataformas de apostas, que pagam uma alíquota de 12%, e defendeu um aumento para 18%, além de mencionar as fintechs que, na sua visão, devem ter uma contribuição mais justa.

Fonte: Correio Braziliense

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