Magistrado faz análise sobre limites éticos quanto ao uso da Inteligên

O Juiz e professor Rogério Monteles falou sobre Inteligência Artificial (IA) e suas implicações éticas

Em entrevista ao programa Palavra Aberta Ajuspi, o Juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão e professor Rogério Monteles falou sobre Inteligência Artificial (IA) e suas implicações éticas. Ele destacou que a IA tem a principal função de fazer previsões, a partir de um conjunto de dados (big data), e a partir das análise dos dados é possível prever, por exemplo, onde haverá secas ou a probabilidade de um determinado local ter ocorrência de crimes. 
 

Foto: AjuspiDiálogo sobre Inteligência Artificial e desafios éticos

"Essa atuação permite que as autoridades possam atuar para evitar maiores danos. Essa característica da IA é bastante positiva. Todavia, ela precisa ter limites éticos. Esses limites estão sendo debatidos em vários países. Tecnologias como o ChatGPT, ao passo que facilitam a automatização de procedimentos, levantam questões referentes ao limites éticos, como, por exemplo, usar a ferramenta para confecionar trabalhos acadêmicos, ou mesmo, para 'escrita' de livros inteiros", afirma o professor Rogério Monteles.

O juiz Rogério Monteles citou também a abordagem de outras ferramentas como a deepfake, por meio da qual aplicativos podem emular a voz e o rosto de pessoas, a partir de um vídeo e poucos minutos de gravação do áudio com a sua voz. !Exemplo de maior repercussão ocorreu recentemente, quando circulou na mídia um comercial patrocinado por uma montadora de veículos no qual aparecia cantando uma artista já falecida há anos, como se estivesse viva atualmente. Portanto, a IA precisa ser mais estudada e analisar seus usos e especialmente seus limites éticos", frisou.

O advogado Felipe Lira Pádua, presidente de Honra da Ajuspi, e a advogada Vanessa Amorim acompanharam a entrevista no estúdio.

Comente

Pequisar