Especulações dominam debate sucessório

Especulações dominam debate sucessório

A pouca presença de políticos na passarela do conhecido Corso de carnaval do Zé Pereira de Teresina, realizado no último sábado, prova que eles só aparecem em ano eleitoral. No ano passado (2018), a maior festa carnavalesca do Piauí, quase todos mostraram a cara porque aquele era um ano eleitoral e era conveniente aparecer em público. No próximo ano, 2020, que também será um ano eleitoral, só que se eleições municipais, com certeza candidatos a prefeitos vão comparecer.

Corso de Teresina (Foto: Renato Bezerra)

Talvez a explicação para o não comparecimento de políticos, exceto o prefeito de Teresina Firmino Filho, que tinha de estar presente, é o fato de que para a sucessão dele não há candidatos declarados para o pleito. No PSDB, por exemplo, partido do prefeito, especula-se alguns nomes todos técnicos, auxiliares e ex-auxiliares de Firmino para sucedê-lo. Ademais, não se sabe sequer se o prefeito lançará um nome do PSDB ou do PP, já que a parceria entre os dois já tem mais de 6 anos.

Embora tenha pouca influência ou quase nenhuma no PSDB da capital, ex-deputado e ex-candidato a governador do partido Luciano Nunes declarou recentemente que a legenda tucana terá candidato próprio a prefeito. Ora, é pouco provável que Firmino Filho entregará a articulação sobre a escolha de seu sucessor na prefeitura a outro que não seja ele. Afinal, é ele quem tem a liderança na capital e será ele quem vai para a campanha brigar para eleger o sucessor da sua preferência.

Com certeza, não é intenção do prefeito de Teresina deixar o PSDB antes de passar o comando da prefeitura para o sucessor. O acordo com o senador e presidente nacional do PP Ciro Nogueira para que ele ingresse no partido pode até ainda estar de pé mas isso só vai acontecer provavelmente em 2021 após as eleições. A parceria com Ciro Nogueira prevê o projeto de uma chapa majoritária em 2022 para o governo do Piauí onde Firmino é o candidato do senador para suceder Wellington Dias no cargo.

Firmino Filho (Foto: Wilson Nanaia / Portal AZ)

Com efeito, é vital para o projeto dos dois líderes que Firmino eleja o sucessor a fim de que o colégio da capital seja um vetor capaz de fazer decolar uma candidatura ao governo. É óbvio que essa sucessão do prefeito em 2020 será bem diferente daquela de 2004 em que Firmino elegeu o sucessor, no caso o médico e seu secretário de Saúde à época Sílvio Mendes. Os nomes especulados para 2020 têm bem mais força eleitoral que a anterior, o que favoreceu a vitória do PSDB.

Para começar, PP e PSDB terão como opostos na disputa MDB, PR, PTB, PDT, PC do B que devem se unir em uma ou duas coligações. O MDB, por exemplo, segundo seu presidente, o deputado e presidente da Assembleia Themístocles Filho avalia lançar um candidato. O deputado Fábio Abreu, do PR, já foi picado pela mosca azul, e o PT até onde se sabe cogita ter candidato. Se for assim, a disputa pode ter que ser decidida no segundo turno, dificultando as coisas para o lado do PSDB. Enquanto 2020 não chega as especulações dominarão o debate sucessório.

Aumento da energia elétrica

A direção da Equatorial, que assumiu o controle da Cepisa, já tem pronto o ofício a ser encaminhado à ANEEL solicitando um novo reajuste para a tarifa de energia elétrica.

Sede da Cepisa (Foto: reprodução internet)

De acordo com o que está no ofício, a Equatorial pleiteia um reajuste de 23% alegando que o valor da tarifa ainda está muito baixo.

Em dezembro do ano passado entrou em vigor um reajuste autorizado pela ANEEL de 13%, 40 dias depois de a Equatorial assumir o comando da companhia no Piauí.

Demissão em massa

Enquanto isso, o programa de demissão da Companhia Energética do Piauí (Cepisa) continua a pleno vapor.

Mais uma leva de servidores foram comunicados que os serviços deles não interessam mais a empresa.

Depois de receber a companhia com 2.100 funcionários, a Equatorial quer reduzir o quatro para 1/3, ou seja, que permaneçam apenas pouco mais de 700.

Os servidores demitidos estão questionando que a Equatorial está desrespeitando uma cláusula do contrato de venda que prevê a dispensa de pessoal só a partir do final de abril.

Wellington Dias (Foto: Lucas Sousa / Portal AZ)

Dias passa o carnaval fora do Brasil 

O governador Wellington Dias (PT) vai passar o carnaval nos Estados Unidos, ficando por 6 dias no país de Donald Trump.

O pedido de autorização para que o governador possa se ausentar do país em viagem de caráter particular foi lido na sessão desta segunda-feira (25) da Assembleia.

A licença vai de 2 a 8 de março.

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