Ciro e Wellington seguem presença incômoda em palanques dos candidatos

Segundo pesquisa Data AZ eles seguem sendo os cabos eleitorais que tiram votos dos candidatos

Influência ruim 

Ciro Nogueira e Wellington Dias, as duas maiores expressões políticas nacionais do Piauí, não são exatamente o que um candidato a prefeito de Teresina pode desejar em seu palanque.
Segundo apurou a pesquisa Data AZ, 54,51% dos eleitores não se deixam influenciar ou até diminuem as chances de escolher um candidato com apoio de Wellington Dias. Na pesquisa anterior, esse indicador era de 52,76%.
No caso de Ciro Nogueira, a situação é ainda menos confortável: os que deixariam de votar ou não se influenciam pelo apoio do senador a um candidato somam 72,88%. Na sondagem anterior, o indicador era de 74,38%.

Foto: ReproduçãoNos gráficos, os percentuais se de influência ou não sobre os eleitores se alteram de uma pesquisa para a outra
Nos gráficos, os percentuais se de influência ou não sobre os eleitores se alteram de uma pesquisa para a outra

O poder de Wellington 

Os que não se deixam influenciar pelo senador petista somam 32,25% (eram 35,88% na pesquisa anterior), enquanto eleitores que dizem diminuir a chance de votar em um candidato com apoio de Dias chegam agora a 22,26%, ante 16,88% na pesquisa anterior.
Os que aumentavam a chance de escolher um candidato com apoio de Wellington Dias somam na pesquisa atual 41,5%, ante 41,38% na sondagem anterior.,
Assim, na pesquisa anterior, realizada entre 14 e 17 de maio, somavam 52,76% os que não alteravam seu voto pelo apoio do senador (35,88%) ou que diminuíam as chances de escolha de nome com apoio dele (16,88%).
Os que aumentavam o a chance de escolha em candidato apoiado pelo ministro do Desenvolvimento Social eram 41,38%.

Foto: ReproduçãoCiro Nogueira segue com alto percentual ruim para seu candidato
Ciro Nogueira segue com alto percentual ruim para seu candidato

O poder de Ciro 

A situação de Ciro Nogueira na pesquisa anterior era a seguinte: para 74,38% dos eleitores as chances de votar em candidato apoiado pelo senador ou não se alterava ou diminuía.
Os que diziam não alterar somavam 41,50% dos eleitores, mesmo percentual da sondagem anterior.
Os que diziam diminuir as chances de escolher um candidato com apoio de Ciro Nogueira eram 32,88%.na pesquisa anterior e agora somam 31,38%.
Somente 18,5% disseram na pesquisa anterior que o apoio de Ciro ampliava a disposição de voto. Agora, com pequena variação positiva, o indicador é de 20,75%.

FICHA TECNICA DA PESQUISA

Registro TSE: PI-02913/2024.
Data de realização: 8 e 9 de abril.
Universo da amostra: município de Teresina
Tamanho da amostra: 800 entrevistas individuais e domiciliares, distribuídas nas zonas urbana e rural do município.
Margem de erro: 3,5% (para mais ou menos), com nível de confiança de 95%, nível de significância de 5%.
Responsabilidade técnica; Instituto Data AZ.
Contratante: o instituto realizador.


Preço dos alimentos, a fraqueza de Lula

A inflação dos alimentos é o calcanhar-de-aquiles do governo Lula. A oposição de direita sabe disso. O tema tem sido recorrente nas postagens dos adversários, que ressuscitaram a história de que com o governo do PT o pobre voltaria a comer picanha.

A picanha do Ciro

Neste domingo, por exemplo, o senador Ciro Nogueira, um dos mais contumazes e ácidos críticos do governo Lula amanheceu cobrando em sua conta no Twitter/X o acesso dos mais pobres à picanha.
Ele colocou foto de uma picanha, sugerindo ser aquele o corte nobre de carne bovina prometido durante a propaganda eleitoral de Lula e que “estaria presente nos churrascos de família aos domingos acompanhada de uma cervejinha gelada.”

Arroz e feijão caros

O senador diz que o PT “só é bom mesmo na propaganda”, porque “passados 68 domingos de governo, o Lula presidente mal consegue garantir na mesa dos brasileiros o arroz e feijão, que já bateram todos os recordes de aumento de preço”. 

Obras de deputados

Tem secretário e deputado estadual “inaugurando” obra pública do governo em postagens nas suas redes sociais. Arvoram-se de donos da obra. Alguns citam “em passant” ou nem citam o governador Rafael Fonteles.
Se a moda se expande, mais, o governador fica sem obra para entregar.

Avis rara

O PSDB precisa mais do que votos na eleição deste ano. Vai precisar é do Ibama para evitar a extinção tucana, em plena marcha.
Em Teresina, onde governou desde 1993 até 2020, tem um único vereador, Edson Melo. Pode não ter nenhum no ano que em.

Extinção

Na cidade de São Paulo, onde o PSDB surgiu e que governou por 27 anos, o partido perdeu os oito vereadores que tinha.
Perdeu todos os oito vereadores que tinha em São Paulo, a cidade onde nasceu e que governou por 27 anos. E corre o risco de nem ter candidato a prefeito, a exemplo do que ocorre em outras 11 capitais.

Triste fim

O PSDB se torna um desses casos digno de estudo acadêmico para a ciência política: está quase moribundo após 36 anos de criação, de eleger e reeleger um presidente FHC, de governar por três décadas o mais rico estado do Brasil, São Paulo, e de rivalizar com o PT em todas as eleições presidenciais entre 1994 e 2014.

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