Ciência, a alavanca da qualidade de vida
Ciência, a alavanca da qualidade de vida
Nunca foi fácil a vida de quem produz conhecimento. Ser cientista, em qualquer época, sempre foi um risco, às vezes até de morte. Por isso, não é de espantar que na atualidade, após séculos de avanços da racionalidade iluminista (agora posta sob suspeição), estejamos assistindo, em muitas partes do mundo, ao triunfo da ignorância e da estupidez, incensadas pela superstição.
Mas a ciência sempre será preferível à superstição, porque se permite ser contestada o tempo inteiro, admite o contraditório, a evolução das ideias, o experimento, a derrubada de eventuais mitos que venha a criar. É, com efeito, a contestação permanente, que faz a força da ciência, que a impulsiona adiante. A superstição, ao contrário, é fechada em copas. Mantém-se forte pelo dogma e se fortalece mais ainda na perpetuação do medo e do mistério.
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Quando, infelizmente, a política se contamina pela superstição, esta ganha status de verdade institucionalizada – pondo a ciência sob xeque, sempre usando “verdades dogmáticas” (que são mentiras sem nenhuma dúvida) para desacreditar o conhecimento, resultado de observações acumuladas por séculos, não de mitologias e cosmogonias as mais variadas.
Sabemos todos que desacreditar na ciência sempre foi e sempre será uma atividade dos que lideram as superstições mundo a fora, mas é necessário que busque jogar luz nos que pregam a escuridão. Só se vence a imensidão das trevas com a recorrente produção de luz. É isso que a ciência faz e que deve seguir fazendo.
Sempre que lembro dessa luta interminável entre saber e superstição, me vem à mente a frase atribuída a Arquimedes: “Dei-me uma alavanca e moverei o mundo”.
Eis o ponto fundamental: a ciência é a alavanca que move o mundo para adiante. A superstição é a força centrífuga que deseja manter essa bola parada.