Entre os novos donos da Cepisa estão o banqueiro Daniel Dantas e um fundo norte-americano

Há um terceiro sócio, é um fundo de investimentos norte-americano chamado BlackRock

A Equatorial, empresa que comprou a Cepisa, é uma empresa com uma composição acionária pouco comum, já que 69,4% das ações estão com sócios minoritários. O maior sócio individual é um fundo de pensão chamado Squadra Investimentos, com 14,7% das ações, e o segundo, o Banco Opportunity, fundado em 1994, por Daniel Dantas e Dorio Ferman. Há um terceiro sócio, é um fundo de investimentos norte-americano chamado BlackRock. 

Nesta quinta-feira, em comunicado ao mercado, a empresa informou ter adquirido 89,94% do capital social total e votante da Cepisa e que “adicionalmente, de acordo com os termos do Edital, a Companhia deverá adquirir eventuais sobras das 74.790.616 ações ordinárias e 3.582.784 ações preferenciais da CEPISA, representativas de aproximadamente 10,06%, que serão ofertadas aos empregados e aposentados” da ex-estatal.

No site da companhia, informa-se que “a Equatorial Energia é administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria. De acordo com o Contrato de Adesão ao Novo Mercado firmado com a BM&FBovespa, a Equatorial está sujeita a determinadas regras relativas à administração que decorrem do Regulamento do Novo Mercado e do Contrato de Adesão ao Novo Mercado”.

O presidente do Conselho de Administração da nova dona da Cepisa é o ex-presidente da Eletrobras (1996-2001), Firmino Ferreira Sampaio Neto, um baiano de 72 anos. Sua ligação mais próxima com a distribuidora de energia do Piauí está no fato de ser amigo da ex-presidente da Cepisa, Meriam Ohana, indicação dele para o comando da empresa no final dos anos 90 e começo dos anos 2000. Tinha ligações muito próximas com o ex-governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães e também com o ex-presidente José Sarney.

Mas a empresa é presidida mesmo por Augusto Miranda da Paz Júnior, que comanda a Equatorial Energia desde novembro de 2015, acumulando com o cargo de diretor presidente da Cemar, quando Firmino Ferreira Sampaio Neto deixou o posto mais alto da diretoria da companhia para assumir a cadeira de presidente do Conselho de Administração, substituindo Carlos Augusto Leone Piani, que renunciou ao cargo, permanecendo no conselho. Por força de estatuto, Firmino Ferreira não poderia acumular os cargos de presidente do Conselho e de diretor presidente.

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