A palavra de Wellington Dias está na contramão do que ele assina

A palavra de Wellington Dias está na contramão do que ele assina

Desde os primeiros dias de janeiro tramita da Assembleia Legislativa o projeto de lei orçamentária que estabelece as receitas e despesas para 2022. Quem leu a peça sabe que nela não cabe a expansão das despesas. Aumento salarial é peça de ficção, segundo o que se pode depreender da que está no projeto.

O governo estima o crescimento de receita em 4,6%, o que significa que o percentual usado é menor que a inflação acumulada IPCA entre setembro de 2020 e setembro de 2021, que chega a 10,25%.

Num cenário assim, nominalmente o Orçamento Geral do Estado em 2022 será maior, mas o valor real será menor que o deste ano.

Com isso, parece improvável que haja espaço à concessão de reajustes salariais aos servidores estaduais.

Pode ser que eu não tenha lido com habilidade e proficiência o texto assinado por Wellington Dias e enviado aos deputados estaduais, mas do li, não vi espaço para expandir gastos com pessoal via reajuste.

Daí achar estranho que o governador, em campanha eleitoral permanente, esteja prometendo um aumento que não cabe no projeto de orçamento que ele assinou.

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