Uma reflexão sobre a sucessão presidencial

Uma reflexão sobre a sucessão presidencial

Não gosto do Sérgio Moro, assim como detesto quase todos os demais postulantes à Presidência da República, posição em que não encontro solidão, porque a maioria dos eleitores também tem a aversão como regra. Contudo, não é o mesmo gostar que orientam as coisas eleitorais e, neste sentido, se você também não gosta do Moro, não será o seu desgostar que vai determinar se o ex-juiz vai ou não decolar na eleição presidencial.

Uma reflexão sobre a sucessão presidencial (Foto: ilustrativa / reprodução internet)

Na minha posição de gente que duvida de tudo, porque assim deve ser quem olha cenários para não enxergar miragens, recomendo que se deixem as paixões de lado para observar três coisas:

1. Lula tem vaga garantida no segundo turno e pode até vencer em primeira rodada se a polarização se der entre ele e Bolsonaro. É o polo dos ódios que se completam, dele se retroalimentam e dele dependem para sobrevivência eleitoral. 

2. Bolsonaro galvaniza paixões como poucos, a ponto de, mesmo com seu governo caindo pelas tabelas na avaliação popular, tem ainda um quarto das intenções de voto e, neste cenário, vaga garantida na segunda rodada eleitoral.

3. Até a entrada de Moro na disputa, a tal terceira via ou uma opção nem Lula nem Bolsonaro, era muito menos que uma miragem. Com o ex-juiz um terceiro nome viável eleitoralmente frequenta o leque de opções plausíveis para o eleitor. Ah, Moro é um candidato ruim para Bolsonaro e ruim para Lula. Ele só é um candidato bom para ele mesmo e para os que não querem ter somente a opção do polo de ódios.

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