No Piauí, 2 em 3 trabalhadores com carteira assinada são empregados de microempresas
Os números permitem depreender que 86% dos empregos formais no Piauí são dados por empresas com até 50 empregados
A importância de apoiar pequenos negócios fica muito evidente quando se sabe que são as pequenas e microempresas que mais empregam pessoas no país, com metade dos trabalhadores com carteira assinada atuando em negócios com esse perfil.
O apoio a pequenos negócios é ainda mais importante em estados como o Piauí, onde, segundo o IBGE, de cada três trabalhadores com carteira assinada, dois são empregados em empresas que têm de um a cinco empregados.
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Foto: Reprodução
Ao nos depararmos com o tamanho dos empreendimentos, em termos de quantitativo de trabalhadores, aqui excluindo-se os empregados do setor público e trabalhadores domésticos, temos que no Piauí 72,3% dos empreendimentos têm de 1 a 5 pessoas ocupadas, enquanto que no Brasil a média é bem inferior, chegando a 51,5%.
Por seu turno, os maiores empreendimentos, com 51 ou mais pessoas ocupadas, são cerca de 26,1% no país, enquanto que no Piauí não ultrapassa os 13,9%.
Os números permitem depreender que 86% dos empregos formais no Piauí são dados por empresas com até 50 empregados – o que significa uma necessidade de se prestar mais apoio a negócios como esses, bem como livrá-los do peso de custos tributários.
Outro ponto que chama a atenção nos resultados da PNAD Contínua em relação do Piauí é no dado sobre pessoas que moram no local de trabalho: aqui, 25,9% das pessoas trabalham em fazendas, sítios, granjas, chácaras moram nesses locais, enquanto que a média registrada no Brasil ficou em 11,1%.
Os dados mencionados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), desta feita com informações adicionais do mercado de trabalho no período de 2012 a 2017, que revela ser o Piauí o estado com o maior percentual de sindicalização de trabalhadores no Brasil.
Sindicatos
O Piauí, em 2017, foi a unidade da federação com o maior percentual de pessoas ocupadas (“empregadas”) que estavam associadas a Sindicatos no país, com 22,9% de sindicalização, enquanto que a média registrada no Brasil foi de 14,4%. Unidades da federação como São Paulo e Rio de Janeiro tiveram, respectivamente, 15,3% e 9,35% de sindicalização. A unidade da federação com o menor percentual foi Alagoas, com 8,2%.
No Piauí, em 2017, havia 1.254.000 pessoas ocupadas (“empregadas”), onde cerca de 287.000 pessoas estavam sindicalizadas. Dentre as pessoas sindicalizadas, cerca de 157.000 eram homens (54,7%) e 130.000 eram mulheres (45,3%). Para efeito de comparação, em 2012, ano do início da pesquisa, haviam 1.313.000 pessoas ocupadas no Piauí, sendo que 312.000 estavam sindicalizados, o que representava 23,7%. Assim, de 2012 a 2017 houve uma redução de cerca de 25.000 pessoas sindicalizadas, ou seja, uma queda de 0,8 pontos percentuais.
Dentre as pessoas que têm como “ocupação” a atividade de empregador, no tocante ao registro de seu empreendimento junto ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), temos que no Brasil em 2017 cerca de 80,0% dos empreendimentos possuíam registro no CNPJ, ou seja, estavam formalizados legalmente junto à Secretaria da Receita Federal. No Piauí esse percentual atingia 54,7% dos empreendimentos. O estado de Santa Catarina possuía o índice mais elevado de registro, com 89,5%, enquanto o Pará tinha o menor índice, 47,8%.
Em relação às pessoas que têm como “ocupação” atividade por conta própria (sem ter empregados contratados), percebeu-se que o registro no CNPJ é bem inferior ao observado quanto aos empregadores. Assim, em 2017 no Brasil o registro dos trabalhadores por conta própria ficou em 18,5%, enquanto no Piauí atingiu-se 8,2%. O estado de São Paulo foi o que teve maior índice de registro junto ao CNPJ, com 29,4%, enquanto o estado do Maranhão teve o menor índice, 4,9%.
Turno de Trabalho
A pesquisa apontou que a maioria das pessoas trabalha em sua ocupação principal no durante o dia, sendo que no Brasil esse índice reflete a rotina de 92,5% dos trabalhadores, enquanto que no Piauí chega aos 94,5%.
A unidade da federação com o menor índice do Brasil é Sergipe, com 87,6%.