Perdas agrícolas no cerrado reduziram PIB de municípios em quase R$ 1 bi no Piauí

Perdas agrícolas no cerrado reduziram PIB de municípios em quase R$ 1 bi no Piauí

Dados divulgados na sexta-feira, 14, pelo IBGE e Fundação Cepro para o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios do Piauí, referente a 2016, mostraram uma queda de quase R$ 1 bilhão nas economias de nove municípios do Sudoeste do Piauí, que respondem por mais de 95% da produção de grãos no Estado.

Somadas as perdas no PIB de Bom Jesus, Uruçuí, Landri Sales, Gilbués, Ribeiro Gonçalves, Sebastião Leal, Currais, Santa Filomena e Baixa Grande do Ribeiro, chega-se a R$ 916,85 milhões a menos em 2016 na comparação com 2016.

Foto:reprodução

Conforme a explicação do IBGE, m 2016 o fenômeno climático da seca assolou o estado do Piauí e prejudicou sobremaneira os municípios do cerrado piauiense, que sofreram queda expressiva em sua produção e, consequentemente, no PIB.

Baixa Grande do Ribeiro, município com maior produção de grãos no Piauí, foi o que teve as maiores perdas: 57,49% de queda no PIB, o que representou uma redução de R$ 321,8112 milhões na economia da cidade.

Santa Filomena perdeu R$ 113,493 milhões – redução de 55,75% no PIB na comparação entre 2015 e 2016.

Uruçuí, embora tenha tido um recuo percentualmente menor (24,37%), registrou perdas absolutas consideráveis: menos R$ 250 milhões no PIB, que caiu de 1,026 bilhão para R$ 776,1 milhões.

Apesar disso, Uruçuí ainda registra o segundo maior PIB per capita do Estado, de R$ 36.777,46, impulsionado pela indústria de transformação da soja e do algodão.

Destaque-se ainda que os municípios da região do cerrado piauiense foram bastante afetados, tendo uma redução expressiva da produção de grãos, o que repercutiu, portanto, na queda do PIB per capita, especialmente em Baixa Grande do Ribeiro, que em 2015 apresentou o maior PIB per capita do Piauí, com R$ 49.896,72, caindo para menos da metade (R$ 21.051,9) em 2016.

O maior PIB per capita do Piauí foi o do município de Guadalupe, com R$ 41.553,97, cuja economia tem sua força baseada principalmente na geração de energia elétrica em razão da instalação da Usina de Boa Esperança.
 

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