Economista piauiense calcula em R$ 278 bi a perda de arrecadação dos Estados em três anos

A queda na receita deve comprometer a atuação dos governadores eleitos ou reeleitos daqui a um mês

O texto da reportagem não detalha a perda por Estado, porém se usada a participação do Piauí na formação do Produto Interno Bruto (0,7%), para o governo local o recuo na receita tributária em três anos pode somar perto de R$ 2 bilhões.

Receitas em queda e despesas de pessoal em alta fizeram deflagrar, segundo a reportagem, uma crise fiscal em boa parte dos Estados. Mesmo onde a situação é menos grave (caso do Piauí), os governadores têm diante de si graves dificuldades de manter despesas em dia – inclusive de pessoal.

A perda de R$ 278 bilhões, conforme a reportagem de o Estado de São Paulo seria suficiente para construir 1.070 hospitais de 30 mil metros quadrados e capacidade para 144 leitos de internação.

O dinheiro calculado como perda equivale aos valores que os Estados teriam como receita tributária se tivessem mantido o ritmo médio de crescimento na arrecadação registrado entre 2002 e 2014, período que também inclui episódios de crise.

A queda na receita deve comprometer a atuação dos governadores eleitos ou reeleitos daqui a um mês, que deverão encontrar menos receitas e mais despesas a serem pagas, Segundo Raul Velloso, ainda que venha a se ter melhora na arrecadação neste ano, será difícil a vida dos novos governadores por causa do acúmulo de queda na receita ao longo de três anos.

Mas não foi somente a crise que pegou os Estados de calças curtas. Segundo estudo da Consultoria Teleco, citada na reportagem de O Estado de São Paulo, mudanças nos hábitos dos consumidores também corroeram as financias estaduais. O exemplo vem da troca das chamadas telefônica por uso da internet e de aplicativos de mensagens. Isso fez cair a participação dos serviços de telecomunicações nas receitas tributárias estaduais.

Segundo a reportagem, os serviços de telecomunicações representavam 11% do total de ICMS do País em 2010e atualmente respondem por 7,3%.

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