Sindicato vai recorrer contra liminar que suspendeu greve dos motoristas e cobradores

Categoria diz que empresa está descumprindo acordo coletivo de trabalho

Por Adriana Oliveira,

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro -PI),Francisco Santos Feijão, afirmou ao Portal AZ, nesta segunda-feira (20), que a categoria vai ingressar entrar na justiça com recurso para suspender a decisão judicial expedida, na sexta-feira (18), pela juíza Thania Maria Bastos, determinando ao retorno das atividades os motoristas e cobradores que trabalham na empresa Santa Cruz, em Teresina. 

Terminal de Integração do Itararé (Foto: Wilson Nanaia/Portal AZ)

Francisco Santos Feijão afirmou ainda que logo que a categoria recebeu a notificação da justiça, os motoristas e cobradores retornaram as atividades normalmente. 

“Desde quando fomos notificados da decisão estamos cumprindo a mesma. Os motoristas e cobradores estão trabalhando normalmente desde sábado. No entanto, ainda hoje os nossos advogados irão protocolar na justiça recurso solicitando que a liminar seja suspensa”, afirma Fernando Feijão. 

Presidente do Sintetro-PI, Francisco Santos Feijão (Foto: Socorro Silva/CUT)

Na decisão, a juíza Thania Maria Bastos determina que o Sintetro "se abstenha de obstruir os portões para que haja a livre circulação dos ônibus e sem impedir que os trabalhadores que não aderiram ao movimento grevista retornem às suas atividades normalmente, vez que a adesão à paralisação deve ser voluntária”.

A juíza argumenta que o serviço é essencial para a população, por isso a urgência no cumprimento e caso o sindicato descumpra a liminar será multado em R$ 5 mil por dia. 

Os motoristas e cobradores que trabalham na empresa Santa Cruz fazem parte do Consócio Urbanus  e circulam pela zona Sudeste da capital. A categoria havia deflagrado greve por tempo indeterminado na quinta-feira (16), contra o descumprimento da convenção coletiva de trabalho, contratação irregular de trabalhadores e o não pagamento de horas –extras. 

“Desde o ano passado estamos tentando o diálogo com a empresa e o Setut, mas até o momento nada foi resolvido. A categoria é contra essa jornada de trabalho implantada pela empresa, o que gera uma modalidade de contratação irregular e o não pagamento de horas-extras”, ressalta o sindicalista. 

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