A defesa de Maria Nerci Mourão, que confessou ter assassinado a facadas sua filha, a advogada Izadora Mourão, entrou com um recurso de apelação criminal contra a pena dada a acusada. Maria Nerci foi condenada a 19 anos e seis meses de prisão domiciliar. O pedido foi assinado nesta segunda-feira (21).

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Defesa da mãe de Izadora Mourão entra com recurso de apelação contra condenação (Foto: Reprodução)

O crime contra Izadora ocorreu em fevereiro de 2021, na casa da família, em Pedro II. Apesar da Polícia Civil apresentar diversas provas da possível participação de o advogado e jornalista João Paulo Mourão, irmão de Izadora no crime, o juri popular decidiu, por três votos a quatro, absolvê-lo da acusação de homicídio triplamente qualificado.

João Paulo Mourão e Maria Nerci durante seus depoimentos (Foto: Reprodução)

No julgamento, que aconteceu no dia 16 de março desse mês, Maria Nerci assumiu a autoria total do crime e disse que João Paulo não teve participação no assassinato. Em seu depoimento, João Paulo confirmou a versão de sua mãe.

Maria Nerci durante a leitura de sua sentença (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Piauí, entretanto, também vai recorrer da decisão que absolveu o João Paulo Mourão e da pena aplicada à Maria Nerci, mãe da advogada Izadora. O promotor de Justiça Márcio Carcará, coordenador do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com Atuação no Tribunal do Júri (Gaej), que atuou no julgamento, considera a decisão, que absolveu João Paulo, contraria à prova dos autos e que a pena de Maria Nerci está abaixo do esperado.

Entenda o caso

O corpo da advogada Izadora Mourão, 41 anos, foi encontrado dentro da própria residência, em Pedro II, em 13 de fevereiro de 2021. A Polícia Militar foi acionada e isolou o local para o trabalho da perícia técnica criminal. O caso ficou sob investigação do DHPP. A primeira versão da mãe de Izadora é que uma mulher teria entrado na residência e cometido o crime.

Izadora Mourão foi encontrada morta a facadas dentro do quarto de seu irmão, João Paulo Mourão (Foto: Reprodução)

Meses depois, quando João Paulo já estava preso suspeito de participação no crime, Maria Nerci assumiu a autoria total do crime.

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