Semar diz que ainda não é possível avaliar impactos ambientais por causa de óleo
A secretaria divulgou ainda o relatório sobre a análise das manchas encontradas nas praias piauienses
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar) informou nesta quarta-feira (23) que, até o momento, não foi possível avaliar os impactos ambientais depois do aparecimento das manchas de óleo nas praias do Piauí.
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Mancha de óleo encontrada em praia de Luís Correia( Foto: reprodução Semar)
O órgão divulgou ainda o relatório sobre a análise das manchas encontradas nas praias piauienses e disse que os impactos ambientais só poderão ser dimensionados depois de um estudo de aprofundamento.
“As manchas não apresentavam aspecto de óleo fresco, sugerindo, portanto, que estavam depositadas no local há certo tempo. Além disso, elas estavam depositadas em sedimentos arenosos, rochas e resíduos sólidos, como plásticos, cordas e pedaços de madeira ou agregadas a algas”, diz o relatório.
Ao todo, foram recolhidos aproximadamente 100kg de resíduos oleosos na forma de óleo bruto e resíduos contaminados. Todo material encontrado foi colocado em sacos e depositado em recipiente plástico, permanecendo sob a guarda dos órgãos ambientais.
Fiscais da Semar monitorando praias do Piauí( Foto: reprodução Semar)
De acordo com Renato Nogueira, Gerente de Fiscalização Ambiental da Semar, o monitoramento continua de modo intensivo. "As praias estão limpas, mas seguimos atentos. Nossa preocupação é retirar qualquer material oleoso que possa vir a aparecer nessas áreas e depois acondicioná-lo em local seguro, longe do meio ambiente", destaca.
A equipe responsável pelo material é formada por duas biólogas e um engenheiro químico. Os profissionais atestam que foram encontradas manchas de óleo dispostas pontualmente nas praias piauienses, variando de 2cm a 140cm.
As manchas de óleo apareceram entre os dias 27 e 30 de setembro, nas praias Coqueiro, Peito de Moça, Arrombado, Cajueiro da Praia, Pedra do Sal e Atalaia.
No Piauí, os órgãos envolvidos no monitoramento das praias disponibilizaram o número de celular direto da Fiscalização Ambiental (86) 99427-7462, caso alguém encontre novas manchas.
Entenda o caso
A substância escura, oleosa e de forte odor já atingiu 54 cidades do litoral nordestino desde o dia 02 de setembro. Há informações de que essas manchas, encontradas em 113 praias, já mataram tartarugas e aves.
No Piauí, os registros ainda são do mês passado, onde foram encontradas manchas nos dias 27, 28 e 30 de setembro e de lá até o dia de hoje não houve nenhum novo registro.
Manchas de óleo encontradas entre pedras em Luís Correia( Foto: reprodução Semar)
O comandante da Capitania dos Portos do Piauí, capitão Benjamin Dante Rodrigues Duarte, destacou ao Portal AZ que, além da Praia do Arrombado, a substância foi achada em Atalaia, Praia do Coqueiro, Pedra do Sal, Peito de Moça e Cajueiro da Praia no estado.
Em reunião na segunda-feira (14), na Capitania dos Portos do Piauí, fizeram-se presentes a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semar/PI), Ibama, ICMbio, Setur/PI, Marinha do Brasil e prefeituras de Cajueiro da Praia, Luís Correia, Parnaíba e Ilha Grande.
Segundo a Semar e o Ibama que o produto fora encontrado em alguns pontos do litoral piauiense e em pequena quantidade. A Semar irá determinar os procedimentos e treinamentos de voluntários para a limpeza. A prefeitura de Parnaíba disponibilizará os tambores para a coleta e armazenamento do produto retirado.
Cada município indicará as pessoas para treinamento e ficará responsável pela limpeza, com a orientação da Semar.
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