Confira quais autoridades foram monitoradas ilegalmente sob ordens de Ramagem

Ministros do STF, Ex-Presidente da Câmara e Promotora de Caso Marielle foram alvos

Por Carlos Sousa,

A Polícia Federal conduziu a Operação Vigilância Aproximada, cumprindo na quinta-feira (25), 21 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de monitorarem ilegalmente autoridades como os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos DeputadosAlexandre Ramagem
Alexandre Ramagem

Entre os alvos estava o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), incluído pelos investigadores no primeiro núcleo da organização criminosa – chamada de “alta gestão” - que usava o software israelense First Mile para espionagem.

Segundo decisão do STF, a PF encontrou evidências de que Ramagem teria interferido em apurações disciplinares, anulando demissões de servidores envolvidos nas escutas ilegais e monitoramentos de opositores de Jair Bolsonaro (PL) feitos pela Abin.

A PF identificou a tentativa da Abin de associar os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes ao Primeiro Comando da Capital (PCC) durante a gestão de Ramagem. Na decisão que embasou as buscas, Moraes detalhou o modus operandi de parte dos servidores da Abin sob comando de Ramagem.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilRodrigo Maia
Rodrigo Maia

Um jantar na casa de Rodrigo Maia, em abril de 2020, também foi alvo de monitoramento ilegal pela Abin, segundo fontes. Na época, o senador Ciro Nogueira estava presente. A PF ainda não obteve resposta de Nogueira sobre o assunto.
 

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação Camilo Santana
O ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação Camilo Santana

O diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Segurança das Comunicações da Abin, Paulo Magno, foi flagrado pilotando um drone próximo à residência do então governador do Ceará Camilo Santana, segundo investigações da PF.

Além disso, a Abin foi “instrumentalizada” para monitorar a promotora do Rio de Janeiro responsável pelo caso Marielle Franco.

Em entrevista à CNN, Ramagem negou que tenha ordenado monitoramento político e afirmou que, se houve equívocos, foram corrigidos internamente. Ele é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL.

Fonte: CNN Brasil

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