Lula afirma que ato antidemocrático foi uma ação de “aloprados”
Presidente disse ainda que os responsáveis serão punidos
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um grupo de parlamentares no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (11), entre os presentes estavam o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB), que fizeram a entrega simbólica do decreto de intervenção na área da segurança pública no Distrito Federal.
O decreto foi editado no domingo (8) pelo presidente depois dos atos golpistas cometidos por bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições de 2022 e foi chancelado pelas duas Casas do Legislativo, a Câmara votou o texto na segunda-feira (9) e o Senado na quarta-feira (11).
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Durante o encontro, o presidente agradeceu a rapidez da aprovação pelos parlamentares do decreto de intervenção e a cobertura da imprensa ao caso. Lula disse que os atos terroristas foram ação de um grupo de “aloprados” que não quer aceitar a urna eletrônica.
“Eu penso que o que aconteceu aqui, eu não gostaria de pensar em um golpe, até gostaria de pensar em uma coisa menor, quem sabe um grupo de pessoas alopradas que ainda não entenderam que a eleição acabou. Que ainda não quer aceitar que a urna eletrônica é possivelmente o modelo eleitoral mais perfeito que a gente tem em todos os países do mundo”, disse o presidente.
Lula falou também sobre os atos de vandalismo ao sistema elétrico do país. "Aquilo foi um ato de vandalismo também, um ato de bandidos porque os cabos de aço foram ferrados. Significa que propositalmente alguém cortou os cabos das duas torres grandes. Já tinha acontecido no final do ano em Rondônia, da Eletronorte, que tinha sido derrubada. Ou seja, obviamente que nós vamos investigar, estamos tentando descobrir", disse.
"O que vocês estão fazendo com esse decreto é dizendo que a gente tem que punir. Quem não quer respeitar a lei a gente tem que punir. Quem não quer respeitar a ordem democrática tão dificilmente alcançada por nós a partir da Constituição de 88", afirmou o presidente. "Qualquer gesto que contrarie a democracia brasileira será punido dentro daquilo que a lei permite punir. Todo mundo, todo mundo terá direito de se defender, todo mundo terá direito a prova da inocência, mas todo mundo será punido", afirmou o presidente.
O presidente da Câmara, Arthur Lira afirmou que a aprovação da intervenção demonstra que os poderes estão unidos e seguindo a constituição.
“O ato de entrega do Projeto de Decreto Legislativo cumpre o rito democrático, legal e constitucional que por certo tomarão rumo com diálogo e firmeza na defesa da democracia”, afirmou Lira.
Para Vital do Rego o decreto mostra a união do País para combater atos terroristas contra a democracia. “Demonstra a solidariedade das 27 unidades que trouxeram apoio e se disseram indignados com os atos perpetrados por aqueles que imaginavam abalar nossas pilastras institucionais”, disse.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, afirmou que os golpistas irão ser punidos com a força da lei. “Ao fascismo e ao terror só cabe na história uma posição: a posição do combate, do enfrentamento”, disse o senador.
Segundo Randolfe, o ato representa a manifestação inequívoca do Congresso Nacional de que o terror não terá lugar no país. “Cada um dos terroristas, estejam eles onde estiverem, usem ou não broche parlamentar, usem ou não toga, usem ou não farda, esteja onde estiver, seja quem for, tenho certeza que aqueles democratas do país liderados pelo presidente Lula reagirão para defender a nação atacada e para defender a democracia”.
Fonte: Com informações da Agência Brasil