Termina hoje a Intervenção Federal por atos antidemocráticos em Brasília
Interventor diz que dever foi cumprido
A intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal, decretada por conta dos ataques de 8 de janeiro, chega ao fim nesta terça-feira (31). Com o fim da medida, o governo do Distrito Federal volta a assumir o comando das forças de segurança no lugar do Executivo federal.

Durante o período em que durou a intervenção, a segurança estava a cargo do poder executivo federal, tendo a frente o interventor Ricardo Capelli, nomeado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
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Cappelli, através das redes sociais, afirmou que "Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado. Retorno ao MJSP com o sentimento de dever cumprido".
O interventor foi responsável por coordenar parte das apurações sobre os ataques terroristas e por realizar o relatório final que apontou falhas na coordenação da segurança pública local, que possibilitaram os atos.
Nesta quarta-feira (01), Sandro Avelar, delegado da Polícia Federal, assume o cargo de secretário da Segurança Pública.
Relatório
O interventor ressaltou que batalhões importantes para contenção das invasões não foram acionados mesmo com alerta da inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, feito no dia 6 de janeiro, de que havia ameaça de ataque na Esplanada dos Ministérios.
“O que houve, apenas, foi um repasse burocrático, um ofício recebido para algumas unidades pelo Departamento de Operações. Chama atenção, então, as duas questões: não houve plano operacional, sequer ordem de serviço”, disse.
Segundo Cappelli, apenas um relatório foi encaminhado e os batalhões não foram acionados. Ainda de acordo com ele, alunos do curso de formação foram posicionados para atuar na Esplanada e as grades instaladas nas proximidades dos Três Poderes não eram as necessárias para a contenção dos invasores. “No dia estavam grades simples, o padrão seria ter duas fileiras de grades além de uma maior contenção policial”, diz.
Fonte: Com informações do Correio Braziliense