Câmara de Teresina mantém veto ao aumento no limite de som em casas de show

O arquivamento do projeto chateou o vereador Roberval, que rompeu com o líder do prefeito

Por Carlos Sousa,

Após intensa discussão na Câmara Municipal de Teresina, vereadores da base aliada ao prefeito Dr. Pessoa decidiram manter o veto ao projeto de lei conhecido como “Lei do Silêncio”, que propunha novos parâmetros para a emissão de sons urbanos, incluindo o aumento do limite de ruído permitido em casas de show. A proposta, de autoria do vereador Capitão Roberval (PRD), foi arquivada, gerando insatisfação entre músicos, produtores culturais e o próprio autor do projeto.

Foto: Foto: Wilson Nanaia / Portal AZCâmara Municipal de Teresina
Câmara Municipal de Teresina

O projeto visava flexibilizar os níveis de ruído, permitindo emissões de até 80 decibéis nos períodos diurno, vespertino e noturno. Além disso, definia novos procedimentos para o licenciamento ambiental relacionado à utilização de fontes sonoras em eventos. A manutenção do veto pela maioria dos parlamentares, no entanto, impediu essas mudanças, sob a justificativa de que a legislação federal já estabelece limites de ruído em áreas habitadas, sendo mais restritiva que a proposta local.
Segundo a legislação federal, em áreas estritamente residenciais urbanas, hospitais e escolas, o limite é de 50 decibéis, enquanto em áreas predominantemente voltadas para atividades de lazer, o limite é de 65 decibéis durante o dia. Esses valores são inferiores aos 80 decibéis previstos no projeto de Roberval, o que fundamentou o veto da prefeitura.
Indignado com a decisão, o vereador Capitão Roberval expressou sua frustração, afirmando que a votação foi uma falta de respeito, particularmente criticando o líder do prefeito, vereador Luís André (PL). Roberval declarou que não seguirá mais as orientações de Luís André nas votações futuras e ressaltou que, embora continue a apoiar o prefeito Dr. Pessoa, não concorda com a condução do líder na Câmara.
Em resposta, Luís André foi enfático, reafirmando sua posição como líder do prefeito e não do vereador Roberval. A decisão de manter o veto e as tensões subsequentes refletem a complexidade das negociações dentro da base aliada do prefeito e a insatisfação de setores culturais que esperavam mudanças mais favoráveis à atividade musical em Teresina.

Fonte: PMT

Comente

Pequisar