Festival do Governo em Parnaíba é alvo de suspeitas

A empresa que ganhou o contrato do evento é 175 vezes menor que o valor do contrato

Por Direto da Redação,

É com estranheza que aqueles que veem o evento "Festival de Verão de Parnaíba" no Diário Oficial do Governo do Estado e na página do Instagram percebem que as datas não coincidem. Mas não é apenas isso que chama a atenção sobre uma festa organizada próxima ao período eleitoral, favorecendo de maneira indireta o candidato do Governo do Estado na cidade litorânea.
 

No Diário

Contratado pela Secretaria de Turismo do Piauí (Setur), através do contrato Nº 223/2022, o evento foi agendado para os dias 11, 13 e 20 de setembro de 2024, na cidade de Parnaíba, com a empresa Neo Produções LTDA.

A empresa, fundada em 05 de maio de 2020, recebeu um contrato, apenas dois anos depois, no valor 175 vezes superior ao seu capital social. Segundo o contrato assinado em 04 de setembro deste ano, a empresa recebeu R$ 3.500.000,00. O que chama a atenção é que, de acordo com os dados fornecidos à Receita Federal, a empresa tem um capital social de R$ 20.000,00, sendo considerada uma empresa de pequeno porte.

Foto: DivulgaçãoA empresa que ganhou o contrato do evento é 175 vezes menor que o valor do contrato

Nas Redes Sociais

Na página oficial do evento na rede social Instagram, o festival está previsto para dias diferentes: 12, 13, 27 e 28 de setembro.

As datas não coincidem com os contratos firmados entre o Governo e a empresa. Os dois últimos dias, que segundo denúncias de uso político do evento, ocorrem apenas uma semana antes da eleição.

Ainda nas redes sociais, vídeos do evento, feitos pelo marketing do Estado próximos ao palco, mostram uma festa grandiosa e lotada. No entanto, imagens feitas por drones mostram que o local do evento, o Estádio Verdinho, não estava tão cheio quanto afirmado pelo governo.

Foto: DivulgaçãoA empresa que ganhou o contrato do evento é 175 vezes menor que o valor do contrato

MPPI em ação

O Ministério Público do Piauí também entrou em ação, segundo denúncias dos permissionários.

Em um abaixo-assinado, ao qual a equipe do Portal AZ teve acesso, vendedores autônomos e ambulantes afirmam que, na noite do dia 12 e na manhã do dia 13, os cadastros para a venda no local foram feitos sem que soubessem onde ou como poderiam atuar. Para eles, houve favorecimento de determinados barraqueiros com relações no evento, o que os impediu de garantir o sustento para suas famílias.

Fonte: Divulgação

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