Presidente da FMS afirma que flexibilização da prefeitura não irá provocar aumento de novos casos

Médico afirma que a situação de leitos na rede pública é positiva

Por Karine Rocha,

O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, afirmou nesta segunda-feira (01) em entrevista ao Portal AZ, que a situação dos leitos para pacientes com covid-19 na rede pública de saúde, no momento, é positiva. O gestor também comentou sobre o decreto da prefeitura que flexibilizou atividades. 

Presidente da FMS diz que situação dos leitos da capital "está folgada" (Foto: Fernanda Gil Lustosa/Portal AZ)

Gilberto relatou que as medidas implantadas pela prefeitura não divergem ‘tanto’ do decreto estadual. Para ele, a liberação de música ao vivo em bares, não irá provocar o aumento de casos da covid-19. 

"O decreto municipal não permitiu festas, fala em som ambiente. Então como nenhuma festa será permitida, nem comemoração carnavalesca, a saúde não ficou de fora da avaliação. A semana que seria do carnaval seguirá funcionamento normal", disse.

Sobre os leitos destinado ao tratamento da covid-19 em Teresina, o médico declarou que a situação é otimista. "No momento estamos com uma folga até razoável, temos 8 e o Hospital Universitário entrará com mais 10, então para a demanda de Teresina é positivo", relatou.

Flexibilização do funcionamento de estabelecimentos na capital

No último sábado (29), o prefeito Dr. Pessoa decidiu flexibilizar o horário de funcionamento do comércio, bares e restaurantes em Teresina. O gestor garantiu que vai aumentar a fiscalização em estabelecimentos que não obedecerem aos protocolos sanitários no combate à covid-19.

Críticas

A flexibilização da prefeitura foi alvo de críticas de várias entidades. O Conselho Regional de Medicina do Piauí caracterizou a decisão como uma negligência. As medidas adotadas pela PMT divergem do decreto estadual que limita o funcionamento do comércio e proíbe shows em bares como forma de combate à covid-19. 

Em nota, o conselho afirmou que gestores estão sendo negligentes ao flexibilizar atividades. Para a entidade, o decreto a ser seguido deve ser o estadual.  "Salta aos olhos que os gestores municipais parecem negligenciar sua responsabilidade com a saúde da população teresinense, enxergando o triste cenário da pandemia em nossa capital sob uma ótica míope e indiferente. O estado da pandemia é de emergência, o que exige de todas as autoridades ações efetivas e concretas para proteger a saúde pública", relatou. 

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