Começou a campanha eleitoral

Na crise econômica que vive o país, estados como o Piauí (pobres) são os que mais sofrem com a falta de recursos

Considerando que a movimentação nas ruas e os comícios já não atraem os candidatos às eleições – hoje é a TV, rádio e as redes sociais –, a campanha eleitoral teve início na noite de quinta-feira (16) com a realização do primeiro debate entre os postulantes ao cargo de governador. Na essência, esse primeiro debate mostrou que o governador Wellington Dias (PT) é o concorrente a ser batido nas urnas, pois além de estar no cargo e concorrer à reeleição, ele será o alvo até o dia do pleito no início de outubro.

Era de se esperar que, embora as regras imponham que todos os candidatos se  ponham frontalmente para um confronto cara a cara, Wellington Dias fosse o mais acionado por aqueles que querem tirá-lo do patamar mais alto, esquecendo que entre eles deveria haver uma disputa para que pudessem chegar ao segundo turno. Em vez disso, aproveitaram da vulnerabilidade do governo neste momento por conta de situações adversas, como greves de servidores, para atingi-lo.

É natural que candidatos a cargos eletivos majoritários escolham aquele que aparece com melhor performance para miná-lo. E os candidatos oposicionistas têm pressa em tirar o governador da posição confortável nas pesquisas a fim de dar um equilíbrio à disputa e buscar provocar um segundo turno. O tempo de campanha é curto – cerca de 60 dias desde o registro – e neste período é compreensível que o governante no exercício do cargo aparece melhor colocado, a não ser em caso desgaste intenso.

Na crise econômica que vive o país, estados como o Piauí (pobres) são os que mais sofrem com a falta de recursos obrigando os governantes a fazerem milagres com o dinheiro disponível, em muitos casos deixando de atender alguns setores. Mas isso a oposição não liga e, se souber tirar proveito do quanto pior melhor, com certeza vai conseguir convencer a população de que a situação caótica do Piauí é responsabilidade do atual governo e que é preciso trocá-lo por um novo projeto.

Não será uma tarefa fácil derrubar o favoritismo do governador apesar de a campanha só está no começo, pois as últimas pesquisas de intenção de votos mostram que Dias continua bem situado na preferência do eleitorado com uma diferença que dá a ele a vitória no primeiro turno. Com efeito, os resultados das últimas pesquisas passaram ao largo até mesmo da operação que a Polícia Federal fez na Secretaria de Educação do estado, sugerindo que a oposição busque outra estratégia para mudar o quadro.

Faltam ainda se realizarem outros debates, a propaganda no rádio e na TV, que terá início no dia 31 de agosto (serão 35 dias de horário eleitoral), sem contar a campanha nas ruas e a propaganda através de material gráfico e out doors. É nisto que aposta a oposição para reverter o favoritismo de Wellington Dias. Muito se fala em insatisfação com o governo mas o estranho é que isso não está se manifestando nas pesquisas. Como ainda é cedo para se fazer uma previsão sobre o resultado, é melhor aguardar.

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